quinta-feira, 16 de outubro de 2025


16 de Outubro de 2025
CARPINEJAR

A estrela que falta bordar na camiseta

A CBF deveria corrigir uma das principais manchas da biografia do Brasileirão e conceder, de modo retroativo, o título de 2005 para o Inter, ainda que seja dividido com o Corinthians. Existem precedentes internacionais para uma revisão (Olympique de Marseille na França e Juventus na Itália).

Até hoje, paira a sombra da quarta estrela no manto vermelho. Ela merece ser bordada com a linha dourada da reparação histórica. Todo mundo está cansado de saber que aquele campeonato recebeu intervenções estranhas e que foi maquiado na reta final.

Dentro de campo, o plantel inspirado e coletivo - que tinha Clemer, Índio, Élder Granja, Ceará, Edinho, Edmílson, Jorge Wagner, Tinga, Fernandão, Iarley e Rafael Sóbis - superou o talento individual de craques como Carlitos Tevez, Carlos Alberto, Gustavo Nery e Nilmar.

O troféu veio no tapetão. O próprio árbitro Edilson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo, confessou no documentário A Máfia do Apito, do Sportv e Globoplay, que a vitória pertencia ao Colorado.

Sem esquema, o clube gaúcho levaria a melhor.

A liderança do Inter acabou sendo arrancada no término da competição, com indícios de manipulação de resultados envolvendo Carvalho. Houve anulação de 11 jogos do Campeonato Brasileiro pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Corinthians desfrutou de novas chances de enfrentar Santos e São Paulo, recuperando quatro dos seis pontos perdidos.

O Inter seria campeão com um ponto de vantagem se a tabela não tivesse sido refeita. Além disso, no confronto direto com o Corinthians, na antepenúltima rodada, o árbitro Márcio Rezende de Freitas desprezou um pênalti evidente do goleiro Fábio Costa em cima de Tinga. Pelo contrário, assinalou simulação e, de quebra, colocou para a rua injustamente o volante.

Ou seja, cometeu três falhas num lance crucial de um embate que se mostrava empatado: não deu o pênalti, não expulsou Fábio Costa e levantou cartão vermelho para Tinga.

No fim, não aconteceu a comprovação das irregularidades da arbitragem de Edilson Pereira de Carvalho, da influência de sua performance nos placares apitados, tampouco dos ecos das apostas ilegais.

A remarcação ficou entre as naturezas preventiva e arbitrária. Em áudio reproduzido pelo dossiê televisivo, inclusive o presidente do Corinthians na época, Alberto Dualib, reconheceu o asterisco na taça:

- Se não fosse a m? da anulação dos 11 jogos, nós estávamos fora. O campeão de fato e direito seria o Internacional - diz Dualib. Muricy Ramalho seria tetra, de forma consecutiva, como treinador: 2005, 2006, 2007 e 2008. O Inter seria tetra, emendando uma temporada dos son

Nenhum comentário: