sábado, 30 de setembro de 2023



30 DE SETEMBRO DE 2023
+ ECONOMIA

Melnick recebe prêmios e reavalia obra

A gaúcha Melnick recebeu dois "Oscar da construção" nacional. Foi premiada em duas categorias do Prêmio Master Imobiliário: produto do ano, com o Nilo Square (foto ao lado), projeto em parceria com a Dallasanta, e de comercialização, com o Melnick Day, evento de vendas realizado há 12 anos. Ao comentar os prêmios à coluna, o CEO da empresa, Leandro Melnick, disse que o projeto de um prédio de 41 andares no Centro Histórico terá adaptações, não pela polêmica provocada, mas por ainda estar em fase de aprovação.

Leandro observa que a Melnick já havia recebido um "Oscar da construção" pelo Pontal, mas é a primeira vez que recebe dois na mesma edição. O Prêmio Master Imobiliário se espelha no Prix d?Excellence, concedido pela Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) e criado em 1994 por Fiabci-Brasil e Secovi-SP. Por isso, é um dos que têm mais credibilidade no segmento. Esse tipo de premiação dá visibilidade nacional, mas o CEO afirma que a empresa mantém foco na Região Sul.

Sobre o projeto polêmico do edifício na Avenida Duque de Caxias, Leandro afirma que faz parte do esforço da cidade para revitalizar o Centro Histórico. Lembra que estavam previstos elevadores de uso público para ligar a Cidade Baixa à antiga cidade alta, onde se concentram as sedes de poderes públicos de Porto Alegre, além de um restaurante, também aberto à população em geral, no terraço.

- Entramos em um projeto com a estrutura legal definida pela prefeitura, não na atual administração, há mais tempo - argumentou.

A coluna perguntou se poderia haver adaptação do projeto, diante da reação de entidades, e o empresário admitiu:

- Faz parte da aprovação essa conversa com as partes relacionadas. Como está, terá impactos positivos. Mas está em tramitação, que vai levar a várias adaptações. Mas não por essa polêmica que surgiu, mas porque é parte do processo de tramitação.

Para ensinar, é preciso antes praticar

O primeiro colégio a adotar o Sistema Anglo em Porto Alegre vai ensinar e praticar sustentabilidade. As atividades da escola, que resultam de investimento de R$ 15 milhões, devem se iniciar em 2024.

Como tem atividades ambientais previstas no currículo - uma esperança de que as novas gerações tenham mais facilidade do que a atual para lidar com as mudanças climáticas -, o Colégio Anglo já adotou várias medidas para reduzir seu impacto.

Uma das ações é a instalação de placas para captação de energia solar para obtenção de energia limpa, renovável e própria. As 42 placas fotovoltaicas no prédio vão reduzir custos e a demanda de energia elétrica regular, e serão complementadas por adoção de equipamentos, rede elétrica e lâmpadas com mais eficiência energética.

A redução no consumo prevista é de cerca de 25% ao mês em relação ao total estimado para o pleno funcionamento, o que significa uma redução projetada de quase 30 mil kWh por ano.

Também haverá gestão de recursos baseada na Política Nacional de Resíduos Sólidos. O colégio vai seguir os princípios de redução, reutilização e reciclagem, com destinação adequada aos que necessitem de coleta especial. A composteira para orgânicos será integrada à horta escolar, que terá cuidado dos estudantes. Haverá cisterna para coleta de água da chuva, com utilização do volume armazenado para limpeza e manutenção de jardins.

A cantina será focada em alimentos orgânicos e de origem local, com redução de ultraprocessados. Às segundas-feiras, serão oferecidos alimentos vegetais alternativos com potencial de mitigação na demanda de água na origem.

MARTA SFREDO

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