Um relato histórico Teló e "o que o CTG tem" Mutirão pela saúde do planeta

Não é só o fogo e o churrasco que marcam os festejos farroupilhas: o velho e bom chimarrão também reina nos piquetes Rio Grande afora. O gosto pelo mate é ancestral e já chamava atenção de europeus que visitavam a Província de São Pedro nos idos do século 19. É o caso do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire. Ele escreveu um curioso relato sobre o tema, em 1821, no livro Viagem ao Rio Grande do Sul:

"O uso dessa bebida é geral aqui: toma-se mate no instante em que se acorda e, depois, várias vezes durante o dia. A chaleira cheia de água quente está sempre ao fogo e, logo que um estranho entra na casa, oferecem-lhe mate imediatamente (...) Os verdadeiros apreciadores tomam-no sem açúcar, e então se obtém o chamado mate-chimarrão. A primeira vez que provei tal bebida, achei-a muito sem graça, mas cedo me acostumei a ela e, atualmente, tomo vários mates seguidamente com prazer, até mesmo sem açúcar." Que tal?

O cantor Michel Teló (foto) aceitou o convite do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) para ser um dos embaixadores, junto à jornalista Shirlei Paravisi, da RBS TV, da segunda edição da campanha "O que tem no CTG".

Concebida pelo diretor de Pesquisa e Difusão Cultural da entidade, Jeandro Garcia, a ideia é mostrar tudo o que os centros de tradição oferecem e representam.

- Com a pandemia, muita gente se afastou dos CTGs. Queremos reverter isso - destaca Garcia.

Na Semana Farroupilha, começa a ser veiculado um belo vídeo com depoimentos da dupla, cuja história está ligada ao tradicionalismo. Terminou com um saldo de cerca de duas toneladas de resíduos, o mutirão do Dia Mundial da Limpeza em Torres, no último sábado, no Litoral Norte.

Com apoio da prefeitura, mais de 20 entidades foram convidadas a participar da ação global de conscientização ambiental, e dezenas de voluntários atenderam ao chamado. A atividade ocorreu de forma simultânea em todas as praias - entre elas, a da Cal (foto) - e também nas margens do Rio Mampituba.

O que mais apareceu na coleta, segundo Alexis Sanson, do projeto Praia Limpa Torres, foram itens como plástico, vidro e bitucas de cigarro. Infelizmente, o descarte irregular de lixo é uma triste realidade.

JULIANA BUBLITZ

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