Kepler Weber investe em sistema de pintura mais eficiente e sustentável
Investimento representa avanço nas ações de sustentabilidade da empresa, garantindo aumento de 92% no aproveitamento da tinta
FERNANDO DE SOUZA/KEPLER WEBER/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Torres
Desde a última semana a planta industrial da Kepler Weber, em Panambi, no Noroeste do Estado, opera com uma nova linha de pintura a pó dos produtos que abastecem, principalmente, a infraestrutura pós-safra no Rio Grande do Sul e no Brasil. Com um aporte, até o momento, de R$ 29,4 milhões, essa é a principal obra do plano de investimentos da empresa gaúcha, que prevê aportes de R$ 70 milhões, a partir de projeto aprovado pelo Fundopem, até 2026.
"A nova linha inaugurada representa um salto de 52% na capacidade de pintura e um ganho significativo em produtividade. Este investimento é parte integrante do projeto de modernização de nossas fábricas, e estamos preparados para acelerar o volume de produção a partir de aportes incrementais. É um investimento específico, que ainda não foi concluído. Já foram desembolsados R$ 29,4 milhões, mas serão mais de R$ 30 milhões nesta nova linha de pintura", destaca o diretor Industrial e de Produto da Kepler Weber, Fabiano Schneider.
A perspectiva é de que, ao final do plano de investimentos, que prevê a conversão do saldo credor de ICMS em investimentos, a indústria garantirá mais de 50% de melhoria na sua capacidade produtiva e em eficiência dos processos, com a geração de pelo menos 120 novos empregos. Atualmente, a capacidade produtiva da planta em Panambi é de 77 mil toneladas de produtos em metal por ano. A perspectiva é de que, neste ano, seja atingido um aumento de produtividade em torno de 7%. São 1,2 mil funcionários na unidade.
O investimento na linha de pintura representa um avanço nas ações de sustentabilidade na produção da Kepler Weber, porque garantirá, segundo Schneider, um aumento de 92% no aproveitamento da tinta, com a redução, durante a operação de pintura, de 40% nas emissões de CO2 e de 54% na geração de resíduos que exigem tratamentos mais complexos pela presença de produtos químicos na tinta.
"Acima de tudo, esta mudança garante melhores condições e qualificação aos trabalhadores da fábrica. É um método mais limpo e eficaz", explica a diretora de Gente e Gestão da Kepler Weber, Misiara Alcântara.
A Kepler Weber, que surgiu como uma ferraria em 1925, na então colônia Neu-Wüttemberg, que se tornou Panambi, produz no Estado silos, máquinas de limpeza, equipamentos transportadores e para portos e terminais. Além da produção no Rio Grande do Sul, a empresa tem planta industrial em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde já opera com uma linha de pintura a pó.
"É um investimento com foco na produtividade e altamente sustentável, com redução, por exemplo, de 26% no consumo de energia. Somos uma marca reconhecida pelos agricultores e todo investimento que fazemos busca ampliar a eficiência e entregar equipamentos cada vez melhores para os nossos clientes", diz o CEO da Kepler Weber, Piero Abbondi.
Desde o fim de julho, as ações da Kepler Weber estão sendo negociadas no Novo Mercado, segmento de listagem da B3 reconhecido pelo alto padrão de governança corporativa. Em 2022, teve faturamento de R$ 1,8 bilhão e, no segundo trimestre deste ano, registrou uma receita líquida de R$ 281,2 milhões _ foi a segunda melhor marca histórica para este período nos balanços da Kepler Weber.
As agroindústrias - que incluem cooperativas - e os novos projetos em armazenamento de grãos respondem pela maior parte dos negócios da empresa, no mercado nacional. As exportações, que chegam a mais de 50 países, respondem por 15% do faturamento.
FICHA TÉCNICA
Investimento: R$ 29,4 milhões (até setembro)
Estágio: Em execução até 2026
Empresa: Kepler Weber
Cidade: Panambi
Área: Indústria
............................................................
Investimentos em 2022: R$ 38,6 milhões
Nenhum comentário:
Postar um comentário