Caso Corsan
Depois de anunciadas as regras da privatização da estatal de saneamento de São Paulo, a Sabesp, as ações desabaram e fecharam em -4,13%. O modelo escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas é o mesmo que fracassou no Estado no caso da Corsan: venda de ações, em vez de oferta em leilão. O governo paulista continuará como acionista, mesmo com controle privado.
- O mercado entende que pode ser reflexo de uma experiência aprendida com o caso da Corsan - disse Percy Soares Neto, diretor-executivo da Abcon-Sindicon, entidade que representa as empresas privadas do segmento.
O governo paulista avisou que pretende baixar as tarifas com os recursos que arrecadar. Para comparar, a tarifa média de água e esgoto em São Paulo é de R$ 3,65, enquanto em Viamão, onde há problemas frequentes no abastecimento, é de R$ 7,27.
Zona Franca de Manaus vira risco à sobrevivência do segmento de plásticos
O desespero dos empresários que produzem produtos plásticos levou representantes de 14 Estados a uma audiência com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, marcada pelo secretário do Desenvolvimento do Estado, Ernani Polo. O problema é a importação crescente de resinas pela Zona Franca da Manaus, que prejudica fabricantes da matéria-prima, as resinas, e empresas menores, que fazem embalagens, utensílios de cozinha e peças para carros. Conforme Gerson Haas, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado (Sinplast), as empresas baseadas na Zona Franca vendem sem Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
- Não saímos de lá com uma decisão, mas o vice-presidente prometeu estudar o assunto. Só queremos um pouco mais de equilíbrio, porque desse jeito está desequilibrado demais. A indústria petroquímica e a de transformação não vão resistir se nada for feito.
O setor ambiciona redução na alíquota de IPI, para diminuir a desigualdade de concorrência. Polo afirma que o Estado está na busca de solução porque a "distorção se agravou" e faz com que a Braskem opere, no Estado, com 50% da capacidade.
- É preciso minimizar os efeitos com algumas medidas, senão vai haver impacto gigantesco. No Estado, o setor de plásticos tem 2,4 mil empresas e 25 mil empregos diretos, sem contar a petroquímica - afirmou.
O setor também cobra medidas do governo do Estado, como um crédito presumido de ICMS, que Polo promete avaliar.
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