quarta-feira, 30 de dezembro de 2009



30 de dezembro de 2009 | N° 16201
JOSÉ PEDRO GOULART


Saldão de fim de ano

Eu não tenho medo de voar, tenho medo de cair.

Quando se compra um iPod vem um alerta: não roube músicas. Mais ou menos como vir escrito no Chicabon: não lamba.

Os livros não são os medicamentos da alma, são as bulas.

Eu não acredito em pessimista vivo.

De todos os crimes da internet, o pior é o de diminuir a distância entre as pessoas.

O orgasmo é o assassino do desejo.

Crianças não deveriam saber de nada ruim – somente que os peixes nadam, que os passarinhos voam e que os avôs avoam.

Dormir e morrer é bem parecido. Só que na morte a gente não precisa escovar os dentes pela manhã.

A beleza não é necessariamente uma qualidade da civilização, a civilização é uma qualidade da beleza.

O pessimista é um otimista do fracasso.

Enganamos, fingimos e mentimos: cada um de nós é um projeto fictício de si mesmo.

Eis a razão dos homens se apaixonarem tanto pelas mulheres do cinema: na maioria das vezes são os homens que escrevem os roteiros.

A fé move montanhas, e também remove torres de edifícios em Nova York.

Quando ouço alguém dizer que não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, eu penso: morre então.

A palavra é o pensamento subornado.

Feliz ano-novo.

P.S.: Só há duas coisas na vida que realmente importam: a sorte e o amor. O resto é bobagem.

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