sábado, 26 de dezembro de 2009



26 de dezembro de 2009 | N° 16197
PAULO SANT’ANA


A mesma sensação

Onde passo nas ruas, as pessoas me falam da coluna que escrevi pela morte da minha cadelinha Pink.

As mesmas emoções, mesmíssimas, são sentidas por todos que são donos de cães. Eles se referem à afeição que se instala entre pessoa e cachorro, de tal sorte que o cão passa a ser uma pessoa na relação do lar, passa a compor de forma importante a família.

E todas as pessoas que me escrevem a respeito levantam exatamente as mesmas sensações decorridas no relacionamento com seus cães, a mesma festa que eles fazem pela presença do dono, a angústia do animal quando o dono se afasta.

Resta pelos cães que morreram a mesma infinita saudade, as recordações do cotidiano repleto de ternura entre o dono e o animal, cenas que jamais vão sair de nossa lembrança.

Foi assim que revivi todos os momentos que usufruí com a Pink quando li a mensagem abaixo transcrita. Em tudo o poema que a dona de um cãozinho que morreu se parece com a coluna que fiz à ocasião:

“Sant’Ana, sei o que estás sentindo, só quem tem o amor de um cão pode entender.

Também perdi meu Dinho, tinha 12 anos, era um poodle branquinho e pesava menos de três quilos.

Era o bebê da casa, e ainda sinto a presença dele comigo, mesmo tendo se passado nove meses.

De repente a Pink e o Dinho se encontraram lá no Céu. Porque, se existe o Céu, os cães com certeza são os maiores merecedores dele.

Veja o que escrevi no dia em que ele se foi:

Ao cão Dinho

(14/04/1997-14/03/2009)

Era você a primeira figura que eu

Enxergava ao acordar de manhã.

E que figura!

Era você que me amava

Incondicionalmente, sem se

Importar com meus gestos,

Atitudes ou caráter.

Era você que abanava o rabinho

Quando eu abria a porta e vinha

Me encontrar tão feliz que não

Conseguia conter o resto do

Corpo já debilitado pela doença

E cansado pelo tempo...

Era você que me proporcionava

Tanta alegria que muitas vezes

Eu chegava a renunciar

Passeios, viagens, etc... Só para

Cuidar de você.

Era você um exemplo de amigo

Que só quem tem um cão pode

Entender.

Descanse em paz meu

Amiguinho!

Deus foi generoso porque deu

A você uma família que o

Amou e o cuidou como se você

Fosse um membro dela.

Deu-lhe uma vida longa e feliz e

Uma morte tranquila e assistida.

Nunca vou esquecer você meu

Cachorrinho!

(As.) Vera Pereira (veraecp@hotmail.com)

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