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quinta-feira, 4 de junho de 2009
KENNETH MAXWELL
O público versus os sabichões
NA SEMANA passada, o príncipe e o presidente visitaram a cidade de Nova York. O príncipe Harry, do Reino Unido, fez sua primeira visita oficial aos EUA. Sua avó, a rainha Elizabeth 2ª, pagou a viagem, que ele fez na classe executiva de um voo comercial.
A agenda do príncipe estava repleta. Visitou o "ground zero", o local do ataque do 11 de Setembro, onde depositou uma coroa em honra dos cidadãos britânicos que morreram como resultado da destruição do World Trade Center.
No Harlem, conheceu crianças que ainda se recordavam de uma visita de sua mãe, a princesa Diana. Jogou polo na Governor's Island. Em termos gerais, a visita foi um imenso sucesso e muito bem recebida. A mídia local a tratou como uma história de "bad boy recuperado". O príncipe encantou seus anfitriões.
Na noite de sábado, o presidente Barack Obama e sua mulher Michelle visitaram a cidade, igualmente. O presidente havia prometido a Michelle uma noitada na cidade, depois da eleição.
Primeiro foram a Greenwich Village, para um jantar no Blue Hill Restaurant, perto de Washington Square Park. De lá seguiram para o Belasco Theater, na rua 44, onde assistiram a "Joe Turner's Come and Gone", uma peça de August Wilson que se passa em uma pensão de Pittsburgh em 1911.
Os moradores negros da pensão relembram seus tempos como meeiros no sul do país e a migração para as cidades industrializadas do norte. As multidões que viram os Obama pareciam satisfeitas em todos os lugares. A polícia de Nova York se espantou: não houve qualquer manifestação hostil.
As visitas do príncipe e do presidente a Nova York exemplificaram a distância que existe entre as percepções do público e as dos sabichões profissionais. Quem assiste aos canais de TV a cabo e à sua balbúrdia interminável sai com uma impressão completamente diferente.
Para eles, o país parece estar em estado de crise permanente, e os políticos supostamente se digladiam o tempo todo. A imprensa britânica, da mesma forma, está obcecada com as negociatas escusas no Parlamento. Não é que o público britânico ou de Nova York não esteja preocupado com os acontecimentos em Londres e Washington, porque decerto está.
Mas o público gosta do príncipe Harry, do presidente Obama e de sua mulher, Michelle. O Comitê Nacional do Partido Republicano criticou o presidente por sua noitada na cidade. Alegou que ele deveria ter concentrado suas atenções na concordata da General Motors.
Mas um dos atores do espetáculo no Belasco Theater capturou com mais precisão o clima reinante: "Foi como na época de Shakespeare", ele disse, "quando o rei ia ao teatro".
KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna. - Tradução de PAULO MIGLIACCI
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