1. Não tenha pressa para achar o cara certo
O poeta Vinicius de Moraes costumava dizer que, para apaixonar-se, basta estar distraído. Esse pensamento vai ao encontro da milenar sabedoria oriental do I Ching, que defende que o destino tem um modo ziguezagueante de agir e que, quanto mais se tenta controlá-lo, mais as coisas dão errado.
Sabe aquela conversa de “Eu te amo pra sempre, você é o homem da minha vida, vamos decidir o nome dos filhos”? Pois é, ela atrapalha e muito.
Fala o psicólogo Bernardo Jablonski, professor da PUC-RJ: “Tentar forjar situações e sentimentos é uma ótima maneira de afugentar o outro”. A ansiedade pode aumentar quando suas amigas contam que estão namorando ou vão se casar.
Nessas horas, pense que estado civil não garante felicidade (quanta gente comprometida você conhece que se diz insatisfeita?!) e invista em aprender a ser feliz sozinha. Enquanto isso exercite a fé na vida que ela a recompensará!
2. Não procure só sua alma gêmea
Vários estudiosos defendem que a chance de um relacionamento dar certo se torna maior se os indivíduos apresentam semelhanças em nível social e cultural. Tem gente que leva isso tão a sério que sabe descrever direitinho como seria a metade da sua laranja.
“Às vezes, as pessoas procuram uma reprodução de si mesmas, o que, convenhamos, é muito difícil de encontrar”, diz a especialista em relações de gênero da PUC-SP Edna Kahhale.
A máxima “Os opostos se atraem” raramente dá certo, mas por outro lado nenhum parceiro preencherá tudo aquilo que se deseja. Aqui vale de novo a recomendação de segurar a ansiedade – não elimine um candidato que seu coração acha interessante simplesmente por achar que ele não preenche os requisitos de seu memorial descritivo do parceiro ideal.
3. Lugares certos para paquera
Ficar em casa não vai adiantar. Cair na balada e beijar o primeiro cara que aparecer também não garante nada. Pesquisa realizada pelo psicólogo Ailton Amélio da Silva, especialista em relacionamento amoroso da USP, mostra que apenas 20% dos casais se formam a partir de encontros em festas, bares e afins.
Outros 37% nascem de relações de amizade ou coleguismo; 32% são apresentados por terceiros; 5% surgem de encontros acidentais (em uma fila, por exemplo) e 1% se conhecem pela internet (os 5% restantes se encaixam na categoria “outros”).
Se pretende ir à caça de um amor, vale mais investir em atividades de seu interesse do que cair na noite. As afinidades são um ótimo ponto de partida! Se gosta de filmes, por exemplo, por que não se matricular em um curso de história do cinema?
4. Não fique falando só sobre você
Não é incomum que as mulheres procurem, em um relacionamento amoroso, dividir seu passado em detalhes, seus pensamentos mais íntimos, suas inseguranças e traumas...
Isso acontece porque o registro que a gente tem de amor vem da nossa relação com os pais e irmãos, que nos amam apesar de tudo e se interessam por quase qualquer coisa que diga respeito à gente. Se a intimidade com o seu candidato a namorado surgir naturalmente e for regulada pelo tempo, que bom!
Mas fazer de um romance em estágio inicial um confessionário é uma ajuda e tanto para miná-lo. Principalmente se, no fundo, você estiver esperando que o sujeito que acabou de chegar na sua vida seja a sua tábua de salvação. Em geral, mulheres falam mais do que homens. Que tal ouvi-lo mais?
5. Uma mulher não muda um homem
Você sabia que presidiárias são abandonadas pelos maridos com muito mais freqüência do que os presidiários são deixados por suas esposas? Isso prova que o espírito de cuidar feminino e a crença na possibilidade de o parceiro mudar superam as mesmas características masculinas.
Uma pessoa só muda por conta própria. Se você está enrolada numa relação com um bandidão mulherengo, saia dessa e permita que a fila ande! Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, diz a física. Isso vale para o seu coração.
6. Não provoque ciúme
Nem toda a comunicação é verbal – o que não é falado muitas vezes fica explícito, jogos de ciúme inclusive. Quem provoca se sente dominado pela ansiedade e perde a espontaneidade.
Quem é vítima da armação fareja o golpe e, em vez de valorizar o outro, descobre nele a insegurança. “Causar esse sentimento no companheiro é sinal de imaturidade”, diz o psicólogo da USP Thiago de Almeida
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