terça-feira, 21 de março de 2017



21 de março de 2017 | N° 18798
PERIMETRAL | Paulo Germano

PACOTE CONTRA ISENÇÕES GANHA CORPO

Deve chegar em abril à Câmara de Vereadores o pacote do prefeito Marchezan propondo reduzir as gratuidades no transporte público. Pessoas com idade entre 60 e 64 anos – que hoje não pagam passagem se tiverem renda de até três salários – estão na mira da prefeitura. Há duas hipóteses em discussão:

1) Reduzir de três para um salário o critério de renda para a gratuidade. O argumento é que, quando a lei atual foi aprovada, um salário equivalia a US$ 100. Hoje, beira os US$ 300.

2) Manter a isenção a quem hoje tem direito, mas extingui-la para quem fizer 60 anos após a promulgação da lei.

Marchezan só não propõe a mesma discussão às pessoas com mais de 65 anos porque, neste caso, o direito à gratuidade é garantido pela Constituição.

O pacote também deverá propor o fim da obrigatoriedade de cobradores a partir das 20h – quando os passageiros só poderiam pagar a passagem com cartão, e não mais com dinheiro – e em dias de passe livre. Para a prefeitura, além de reduzir o gasto das empresas com pessoal, a medida coibiria os assaltos à noite.

Marchezan ainda pretende abrir uma articulação nacional para discutir no Congresso a gratuidade de carteiros, oficiais de Justiça e outros profissionais que, na avaliação do prefeito, deveriam ter suas passagens pagas pelos empregadores.

Hoje, segundo a EPTC, 35% dos usuários de ônibus são isentos da tarifa – o que deixaria a passagem quase R$ 1,50 mais cara. No fim do mês, ela deve ser reajustada para R$ 4,05. Embora a intenção inicial de Marchezan fosse assinar um acordo com as empresas para que elas revisassem o valor da tarifa se a Câmara aprovar a redução das isenções, dificilmente algum impacto no valor da passagem será sentido antes de 2018.


Eu tinha 12 anos quando descobri que o Teixeirinha e o Gildo de Freitas já tinham morrido, e naquele dia eu quase morri junto. Entrei em depressão, fui para o hospital, a coisa foi bem feia. Até hoje, quando levanto de manhã, vejo a sombra dos dois na minha casa. Eu choro todos os dias ouvindo as músicas, porque nunca vai ter ninguém igual a eles. Jefferson Marques Lopes, na Praça XV de Novembro

SÃO PATRÍCIO CASTIGA

Moradores da Padre Chagas contrariados com o apoio da coluna à festa de Saint Patrick’s Day enviaram relatos e fotos (como esta ao lado) dos transtornos que enfrentaram.

– Os organizadores cumpriram o combinado e suspenderam a música às 22h, mas o pessoal abriu os porta-malas e ficou ouvindo som alto até as 5h – reclamou Marco Pucci, da associação Moinhos Vive.

Segundo o secretário de Desenvolvimento, Ricardo Gomes, esperava-se um público de 20 mil pessoas, mas cerca 35 mil compareceram. Gomes disse que o evento foi um sucesso “por atender à demanda por um espaço na rua para se divertir”, mas é possível que, em 2018, a festa migre para outro lugar.

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