05 de abril de 2016 | N° 18491
EDITORIAIS
SOLUÇÃO CONSTITUCIONAL
O país ingressa no quarto mês do ano sem uma perspectiva de solução para a crise política que entrava a economia e a retomada do desenvolvimento. Há uma enorme pressão sobre a presidente da República, que não faz outra coisa a não ser se defender do processo de impeachment na Câmara e a garantir que não vai ceder às pressões para renunciar.
Ora, o país precisa voltar a andar. Seja pelo impeachment, seja pela continuidade do atual governo, o importante é que a Constituição seja respeitada e que se busque logo uma definição para o impasse, transformado em motivo de aflição permanente para os brasileiros.
Num processo dessa importância, é óbvio que todos os prazos legais precisam ser rigidamente observados. Ainda assim, a solução constitucional tem que ser apontada logo. O país precisa dispor de uma alternativa pacífica e democrática, que permita ao setor produtivo voltar a se programar com um mínimo de segurança, retomando os investimentos nos níveis necessários para reduzir a recessão e o desemprego.
No cenário atual, marcado por um antagonismo radicalizado, a própria sociedade não consegue mais preservar o diálogo necessário para encontrar saídas – tampouco os políticos, que são treinados para o debate. Menos mal que as instituições tentam se manter distantes desse clima passional, mas nem isso é suficiente.
O país precisa restabelecer de imediato as condições de governabilidade, capazes de permitir-lhe sair de uma crise que tem razões éticas e corrói a economia. Os brasileiros não podem continuar pagando o preço dessa paralisia decisória.
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