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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
16 de janeiro de 2012 | N° 16949
ARTIGOS - Kevin Krieger*
Porto Alegre curte e cuida
Tenho muito orgulho, além de firme convicção, de que nos últimos anos a Capital gaúcha deu um salto de qualidade na assistência social, especialmente no cuidado com crianças e adolescentes.
A comunidade se manifesta, inclusive em pesquisas, satisfeita por ver cada vez menos crianças nas sinaleiras ou em pontos de grande fluxo, como a Estação Rodoviária.
Sabemos que muito ainda há por fazer, mas, com a implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e com as equipes qualificadas da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), caminhamos na direção da efetiva garantia ao direito de crianças e adolescentes rumo à convivência familiar e comunitária.
O trabalho tem base na Rede de Acolhimento Institucional para crianças e adolescentes, constituída por serviços de ação institucional em diferentes modalidades para prestar o melhor atendimento para cada caso.
O município, por meio da Fasc, investe na ampliação de vagas e na sua qualificação com projetos que atendem a pequenos grupos, no máximo de 20 crianças e adolescentes, como preconizam as Orientações Técnicas da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) no atendimento individualizado necessário ao sujeito em desenvolvimento.
A rede própria da Fasc, que sempre apresentou sobrelotação, foi reordenada e hoje funciona apenas com serviços de pequeno porte, colocando um ponto final no histórico de casas superlotadas.
Nossa equipe trabalha para consolidar cada vez mais o avanço dessa rede, em reuniões sistemáticas com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especial de Assistência Social (Creas) e Conselho Tutelar, para o encaminhamento e monitoramento das situações familiares de crianças e adolescentes acolhidos.
Isso porque a simples ampliação de vagas não diminui a demanda, nem realiza o trabalho essencial de retorno das crianças para suas famílias de origem. Porém, com o reordenamento da Rede de Abrigagem, em casas-lares ou em abrigos residenciais, foi acrescido em 70% o número de unidades de acolhimento e em 39% o número de vagas.
Nunca o município esteve tão avançado na concretização de um trabalho qualificado, com o objetivo maior de realizar o retorno de crianças e adolescentes para suas famílias, ação reafirmada desde o início de 2009 e que hoje nos permite sonhar com uma realidade diferente. Esta é a verdadeira garantia do direito à convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes de nossa Porto Alegre.
*Presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc)
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