segunda-feira, 12 de agosto de 2024


12 de Agosto de 2024
GPS DA ECONOMIA - Gustavo Estrella

GPS da Economia - Respostas capitais

CEO da CPFL Energia, controladora da RGE

"Precisamos discutir como preparar o Estado para situações como a de maio"

Controladora da RGE, a CPFL Energia divulgou balanço do segundo trimestre com lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, mas abaixo do resultado do ano passado. Apesar dos efeitos da crise climática, o CEO da companhia, Gustavo Estrella, vê com bons olhos a velocidade de recuperação no Estado.

Qual foi o impacto do RS nos resultados?

No nosso caso, o consumo da indústria era a maior preocupação, porque o Estado acabou sendo afetado não só nas bases da indústria, mas em toda a logística. Havia preocupação com o tempo que a indústria ia demorar para retomar. Mas isso está em ritmo positivo. Por exemplo, o mercado industrial caiu 14%, em maio, no auge da crise. 

Em junho, o consumo industrial caiu só 3%. Ou seja, de 14% para 3%. Mas, em julho, cresceu 7%, então é claro que existe um movimento de formação de estoque e recomposições. É um sinal muito claro de que a indústria está numa velocidade de recuperação, bem acima da nossa expectativa, o que é muito bom, não só para a CPFL, mas principalmente para o Estado de forma geral. 

Mas há uma discussão que a gente precisa fazer, de como é que a gente prepara o Estado para enfrentar situações como essa. E talvez uma das ações, uma das iniciativas, é exatamente essa, como é que a gente vai tratar o tema da arborização para realmente garantir e preservar, de novo, não só o fornecimento de energia, mas a infraestrutura do Estado de forma geral.

Vai ser preciso investir mais?

Antes, os indicadores de RGE e Equatorial já estavam abaixo dos de Santa Catarina e do Paraná, por exemplo. Por que isso acontece no RS?

É uma região muito rural. Quando comparo com as minhas outras concessões, é muito mais rural. É uma área mais espalhada do que as minhas outras áreas de concessão. Nós vamos nos dois extremos aqui. Tenho quase 8 mil clientes, em média, por município. Em uma das concessões de São Paulo, esse número é de 68 mil clientes por município. Só na Avenida Paulista tem 20 mil. Isso dá uma dimensão de que, numa zona mais rural, onde tenho clientes em uma região mais espalhada, naturalmente, o meu desafio de recomposição de rede é maior.

?Mesmo assim, as metas não são atingidas?

GPS DA ECONOMIA

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