ARTIGOS
O Plano Brasileiro de IA e os desafios futuros
A soberania nacional está relacionada ao efetivo domínio dos ciclos científicos e tecnológicos
Vivemos um momento na história com um potencial de transformação de maior intensidade do que o registrado na década de 1970, quando novas tecnologias - como os computadores e a internet - mudaram o mundo, com impactos nos 50 anos seguintes. Esta década de 2020 é um período ainda mais transformador, com o desenvolvimento e uso da inteligência artificial (IA) em todas as áreas e com forte impacto nas relações de trabalho, nas nossas vidas pessoais e profissionais e na sociedade. Este novo ciclo levou muito menos tempo para gerar efeitos, em um mundo exponencial e interconectado.
Neste contexto desafiador, foi aprovado, pelo Conselho de Ciência e Tecnologia da Presidência da República, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028 (PBIA) - IA para o Bem de Todos. O documento reconhece a IA como uma revolução centrada em dados e nos processadores de alto desempenho, envolvida em uma corrida global com efeitos geopolíticos. O PBIA direciona ações estratégicas referentes aos impactos da IA sobre esferas como educação, trabalho, meio ambiente, sustentabilidade, integridade da informação e soberania nacional.
Mais do que nunca, a soberania nacional está relacionada ao efetivo domínio dos ciclos científicos e tecnológicos. Isso fica claro quando vemos países como China e Estados Unidos investindo recursos públicos da ordem de dezenas de bilhões de dólares em planos nacionais de IA.
O PBIA prevê investimentos da ordem de R$ 23 bilhões em cinco anos, um valor na escala de países como Alemanha, França e Reino Unido, gerando condições, mesmo que tardiamente, de nos posicionarmos em um contexto mundial.
O plano tem premissas fundamentais. Entre elas, destacam-se o foco no bem-estar social e a ética e responsabilidade no uso da IA.
Necessitamos de grandes projetos nacionais, como o PBIA, para gerarmos um novo ciclo de desenvolvimento, com soberania e inserção global, atentos aos impactos sociais. Este é o tamanho do desafio e da responsabilidade que temos com o nosso futuro. _
Onde tudo o que coopera cresce
Mario De Conto - Superintendente do Sistema Ocergs
O movimento Céu, Sol, Sul, Terra e Coop está mostrando a importância de apoiar as cooperativas
A primeira vez que os gaúchos ouviram que aqui "tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor" foi em 1978. Hoje, mais de 45 anos depois, a canção de Leonardo tem significado ainda maior. Com ela, enchemos o peito para cantar nossa reconstrução. E em uma retomada que passa essencialmente pela força do cooperativismo, o refrão foi uma escolha natural para representar a jornada das cooperativas neste caminho.
O movimento Céu, Sol, Sul, Terra e Coop está mostrando a importância de apoiar as cooperativas. Muitas vezes sem ser notado, nosso trabalho está no dia a dia. Do acender das luzes ao plano de saúde e, acima de tudo, na mesa das famílias. Comprar produtos do cooperativismo é auxiliar não apenas o produtor, mas a comunidade a sua volta. E o Rio Grande sabe disso.
Praticamente metade dos gaúchos, 47,7%, consome produtos e serviços de cooperativas. Em Ijuí, Uruguaiana e Passo Fundo, esse índice chega a mais de 60%. A pesquisa do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO) aponta que, além de consumir, nosso povo sabe da importância das cooperativas, do cooperativismo e do Sistema Ocergs.
Segundo o estudo, seis em cada 10 gaúchos conhecem ou ouviram falar sobre cooperativismo. Destes, 95,1% o veem como importante. Quando o tema é o Sistema Ocergs, oito em cada 10 gaúchos que conhecem ou ouviram falar têm imagem positiva. As cooperativas em si têm os melhores resultados, sendo sete em cada 10 os que conhecem ou ouviram falar. Destes, 91,2% têm uma imagem positiva.
Os números coletados com mil entrevistas em oito regiões do Estado nos trazem a certeza do cooperativismo como um pilar do crescimento do Rio Grande. Contudo, também evidenciam a importância de movimentos como o que estamos protagonizando para que mais pessoas conheçam e entendam esses conceitos. O cooperativismo precisa ser cada vez mais conhecido e difundido e o nosso papel, enquanto Sistema Ocergs, é mostrar, para quem quiser ver, que, com o trabalho das cooperativas, plantamos e crescemos todos juntos.
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