Expointer: superar é da nossa natureza
A bandeira gaúcha estará hasteada na Expointer com um significado extra neste ano. Mais do que identificar nosso chão e dar boas-vindas, será símbolo de resiliência e superação. Após a tragédia climática que enfrentamos, trabalhamos para que o evento ajude a impulsionar a retomada e restaurar a autoestima do nosso povo. Com o slogan "Superar é da nossa natureza", esperamos uma feira tão grande quanto as anteriores ou ainda maior.
Realizar o evento poucos meses depois da calamidade, que ainda exige ações e sacrifícios, demonstra o apreço do governo pela Expointer e por tudo o que ela representa. Não é apenas o impacto econômico do agro e da comercialização de máquinas que está em jogo. Há um significado emocional muito expressivo.
Investimos R$ 6 milhões na recuperação do Parque de Exposições Assis Brasil, também afetado pelas enchentes. Além disso, o maior esforço do momento está concentrado no Plano Rio Grande, para organizar e acelerar a reconstrução.
A capacidade de superação dos gaúchos está intrinsecamente ligada à sua história. O agronegócio, responsável por 40% do PIB do Estado, enfrenta desafios contínuos, alternando ciclos de estiagem e agora uma enchente inédita.
A relevância do agro exige o maior apoio possível. Por isso, estamos ao lado do setor por medidas mais robustas do governo federal, ente com maior capacidade financeira para isso. As conversas em Brasília com o presidente da República nos dão confiança de que ajustes serão feitos nas medidas para aproximá-las ainda mais das expectativas dos produtores.
Nesse contexto, a Expointer não é apenas uma vitrine de grandes negócios. É uma oportunidade para todo o setor retomar suas vidas e sonhos.
Temos convicção de que a Expointer de 2024 ficará na história pela marca da superação. A feira é um espelho das muitas faces do Estado. Mostra a capacidade de superação, o trabalho dedicado e a visão de futuro do nosso povo. Estamos prontos para acolher a todos e mostrar a força dos gaúchos. A nossa reconstrução passa pelo campo. _
Eduardo Leite Governador do Estado
Sessenta anos que abrem o futuro
Há 60 anos, o país vivia o início do governo militar implantando seus projetos. Alinhados verticalmente, sem espaços de debate e reflexão. A educação não ficava de fora desse processo.
Em Porto Alegre, quatro educadores, entre eles a ex-secretária Zilah Totta, articularam novo espaço com o objetivo de tratar a educação com o que ela precisa: liberdade de pensamento e ação, debate de ideias e permeável à vida social. Em agosto de 1964, abre o Colégio João XXIII.
Uma escola que sempre zelou por independência e preponderância do projeto pedagógico. Para sua sustentação, famílias organizam a fundação, que tem este foco exclusivo. No seu porte, é a única escola comunitária no Estado, com permanente diálogo entre profissionais, famílias, crianças e jovens.
Nessas seis décadas, houve diversos modelos de governo e planos econômicos, avanços e retrocessos no espaço público. No plano comportamental, aconteceram enormes mudanças, muitas com efeitos legais. O processo educativo se alterou ainda mais com o avanço tecnológico. E o João XXIII permanece crescendo e vivo, fiel ao espírito de sua formação.
Em ampla área física, espaços arborizados, permitindo estreita interface com o meio ambiente e largo uso de energia solar renovável.
Na pandemia, o modelo pedagógico foi mantido com aulas 100% ao ar livre. Não houve, mesmo que permitida, nenhuma redução nos salários, respeitando o trabalho dos profissionais.
A filantropia destina total cobertura para bolsistas, desde mensalidade até atividades externas, para que haja plena integração e inclusão.
Tratar a discriminação racial faz parte do cotidiano no ambiente pedagógico, com políticas de contratação e acolhimento e bolsas via projeto João Todas as Cores para estudantes negros, pardos e indígenas.
Ciente dos desafios do nosso tempo, com práticas de inclusão de neurodiversidade, social, racial, buscando um mundo diverso, plural com um projeto pedagógico único, o colégio chega aos 60 anos. Por isso, foi possível esta existência. E assim continuará por mais muito tempo. _
José Carlos Monteiro da Conceição - Presidente da Fundação Educacional João XXIII
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