E as atas eleitorais da Venezuela, hein?
Lá se vão 27 dias da eleição de fachada venezuelana e nada das atas eleitorais. Aliás, alguém, além do presidente Lula, acreditava que Nicolás Maduro iria apresentar os comprovantes? Pois é, no próximo dia 28, completa-se um mês e, como opinou a coluna em 31 de julho, tudo ficará como está. Sem atas, sem novas cobranças e um silêncio sepulcral oriundo do Planalto sobre o tema.
Mais do que isso, o teatro de fantoches institucionais venezuelanos segue em marcha em busca de dar um verniz de transparência ao processo: depois que o Conselho Nacional Venezuelano, o órgão eleitoral deles, apressou-se em consagrar Maduro vencedor nas primeiras horas da madrugada do dia seguinte e após um apagão de dados, na quinta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta Corte do país, declarou reconhecer a reeleição do líder bolivariano na votação.
E para encerrar de vez a discussão: a Corte proibiu a divulgação das tais atas. Aliás, segundo o próprio TSJ, a decisão do tribunal é "inapelável".
Falta dizer que mude as letras e os órgãos, todos são apenas braços do chavismo-madurismo. Bem, com a decisão de tudo ficará como está, só falta Lula vir a público, por fim, com as condições dadas, dizer que não irá reconhecer a vitória de Maduro. Mas aí o furo é mais embaixo. _
Gaúchos envolvidos no 8 de Janeiro concorrem nas eleições
Apesar de estarem envolvidos em ações antidemocráticas, atacarem as sedes dos três poderes e considerarem o processo eleitoral fraudulento, políticos que participaram do 8 de Janeiro buscarão o voto dos eleitores em 6 de outubro na mesma urna eletrônica que tanto abominam.
No Rio Grande do Sul, ao menos quatro gaúchos envolvidos nos atentados em Brasília são candidatos a vereador.
Em São Martinho da Serra, Alice Costa (MDB) tem 53 anos e é candidata a vereadora. Ela ficou presa por dois meses na penitenciária da Colmeia, no Distrito Federal. Antes dos ataques, foi eleita suplente de vereador nas eleições de 2020 pelo antigo DEM (atualmente União Brasil), quando obteve 38 votos.
Em Caxias do Sul, na Serra, Kari Patriota (Podemos) tem 40 anos e é candidata a vereadora. No seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou-se como almoxarife. Nunca concorreu a nenhum cargo público.
Já em Passo Fundo, o professor de Educação Física Ressoli de Mello (PL) tem 52 anos e é candidato a vereador. Foi eleito suplente de vereador em 2021 pelo PSC, quando fez 175 votos.
Por fim, em Santa Maria, Tatiane Marques Patriota (PL) tem 41 anos e é candidata a vereadora. Em 2018, concorreu ao cargo de deputada federal pelo PSL, ocasião em que fez 2.835 votos. Em 2020, concorreu ao cargo de vereador, já pelo PL, e fez 329 votos, mas não foi eleita. No registro do TSE ela se apresenta como empresária. A coluna tentou contato com os quatro citados, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição. _
TV lança episódio de desenho animado no qual Maduro exorciza Elon Musk
A VTV - televisão estatal da Venezuela - lançou um novo episódio do "Súper Bigote", série de desenho animado de Nicolás Maduro. O mais novo capítulo da série traz à tona a briga entre o ditador e o bilionário Elon Musk. No episódio, Maduro, que veste roupas de super herói, exorciza Musk, retratado como diabo, com chifres, unhas e roupa que faz associação a um uniforme nazista.
- Com todo o poder que tenho em tecnologia e a dominação que tenho em redes sociais, vou mudar a forma de pensar dos venezuelanos. Quero as riquezas naturais que tem esse país - afirma o personagem de Musk no começo do vídeo.
Diante da "ameaça" do bilionário, o Súper Bigote retruca:
- Eu neste tempo sou Davi e vou demonstrar ao povo venezuelano que sou Davi contra Golias - diz Maduro com um crucifixo e uma bíblia em mãos - Deus está conosco e quem se mete com Venezuela, se dá mal - completa.
O curta termina com Musk sendo "enviado" para o espaço, e Maduro sai como herói. _
A proibição das coligações
A doutora em Ciência Política e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Silvana Krause lançou o seu mais novo livro: A proibição das coligações proporcionais no Brasil: dinâmicas e efeitos do local ao nacional.
Primeiro, a obra foi lançada em Lisboa e em agosto no Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, em Salvador. É a quarta publicação que a Fundação Konrad Adenauer faz sobre o assunto.
O livro tem a coordenação da professora Silvana, junto a Carlos Machado (UnB) e Lara Mesquita (FGV), e conta com 17 autores de universidades do país.
Conforme Silvana, entre os assuntos, o livro propõe analisar as últimas eleições municipais e como ocorreu a ação dos políticos diante da proibição das coligações proporcionais. _
Bombeiros do RS
Dois representantes do RS que atuaram nas catástrofes climáticas do Estado em setembro de 2023 e em maio de 2024 irão participar neste sábado e domingo do 1° Encontro Nacional de "Surge Capacity" do Programa Regional de Assistência aos Desastres no Brasil, em Brasília.
O chefe de Logística e Recursos Humanos do DCCI da Secretaria da Segurança Pública, coronel Romeu Neto, e a chefe do Departamento de Logística, Patrimônio e Finanças do 1º Comando do Corpo de Bombeiros Militar, capitão Janine da Luz, partilham experiências vividas durante a enchente. _
Os candidatos não foram julgados nem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não contam com restrições e podem disputar as eleições. A Lei da Ficha Limpa apenas torna inelegíveis candidatos condenados por crimes contra a administração pública em segunda instância.
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