terça-feira, 21 de setembro de 2021


21 DE SETEMBRO DE 2021
ARTIGOS

A REINVENÇÃO DO CUIDAR

Todos sabemos dos males causados por essa pandemia que ainda se encontra entre nós. Perdas de vidas, sequelas, sofrimentos, reclusão, prejuízos de todas as formas e em todos os lugares. Sempre que é possível, evitamos estar em lugares que poderão representar um risco a nossa saúde.

Mas a pandemia também está ajudando a sociedade a acelerar algumas práticas que podem beneficiar a todos e aguardavam sua aprovação e/ou implementação há tempo. Muitos projetos foram tirados das gavetas. Tecnologias cada vez mais avançadas foram rapidamente colocadas em uso, trazendo mais segurança, agilidade e facilitando a vida de médicos e pacientes.

Entre elas, a que me deixou mais esperançoso foi o implemento do telecuidado, em especial da telemedicina.

O tempo e o custo que levamos no deslocamento até o consultório, a não exposição junto a outros pacientes e suas eventuais doenças são alguns dos benefícios dessa nova prática.

A telemedicina não tornou obsoleto o atendimento presencial. Esse contato frente a frente com o médico, em muitos casos, é imprescindível. Mas a telemedicina deu ao paciente a opção de escolha.

Ela encurta distâncias. E se o médico que precisamos está em outra cidade? E se precisamos apenas de uma orientação em um assunto mais simples, ou mesmo na busca de outro especialista? E se tivermos dificuldades de deslocamento? E se necessitamos de um médico no fim de semana ou à noite?

Se juntarmos a isso a facilidade que um médico tem hoje de acessar nossos dados e exames online, teremos a junção de praticidade com segurança.

Várias especialidades médicas se beneficiam da telemedicina, mas, fundamentalmente, quem se beneficia mais são os pacientes. O fato de poder gerenciar seu cuidado devolve ao paciente o protagonismo de sua saúde, seja pela prontidão oportunizada pela ferramenta ou pela aderência que essa modalidade oferece ao cuidado médico.

As plataformas disponíveis nas operadoras de saúde, aplicativos ou medicinas de grupo procuram justamente essa facilidade.

Às vezes, não nos damos conta, mas a quantidade de pessoas que se beneficia do telecuidado é simplesmente espantosa. Tivemos nos últimos dois anos o desenvolvimento de várias e amplas redes que fornecem atendimento não apenas médico, mas psicológico, fisioterápico, nutricional e de atividade física. E ainda outras modalidades de cuidados com a saúde, como a meditação, ioga, técnicas de relaxamento e bem-estar.

E quem pensa que telecuidado se resume a telemedicina, está cometendo um grave erro, pois reduz o escopo de algo muito importante: nosso bem-estar. A saúde não se resume ao físico, devemos ter a mesma preocupação com todas as dimensões do nosso ser e, sobretudo, a preocupação de nos fazermos felizes.

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