Cerveja ficará mais cara
Vem chegando o calor e, de lambuja, um aumento no preço da cerveja. Dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, a gigante Ambev comunicou reajustes aos clientes. À coluna, a empresa disse que muda, periodicamente, os preços de seus produtos tendo como base a região, o canal de venda e a embalagem. No setor da alimentação, a informação é de que o reajuste fica em cerca de 10%, o que é inflação acumulada ao consumidor no último ano. Pela pesquisa do IBGE, a cerveja subiu 9,32% na região metropolitana de Porto Alegre em 12 meses. O vinho aumentou um pouco mais, 9,57%. Empresário gaúcho da RH Bebidas, Ricardo Holz foi informado na semana passada por um vendedor de que ocorreria o aumento das bebidas alcoólicas da empresa. As demais já foram reajustadas na metade de setembro.
- Todos os anos tem (aumento dos preços). Faz parte do jogo. Vai subir em torno de R$ 6 a caixa - diz ele.
Segundo Holz, as bebidas que usam embalagens descartáveis já haviam aumentado em 2021. Faltou alumínio para latinhas e vidro para garrafas, o que elevou o preço e afetou entregas, até fixando limites por estabelecimento. Não foi uma peculiaridade da Ambev, que concentra 60% do mercado de cerveja. Outras marcas, como Heineken, apresentaram o problema ainda na metade do ano passado. Além disso, o custo da energia e do transporte pesa no caixa das empresas.
Energia a partir da sobra do calçado
Com 11 fábricas, a Calçados Beira Rio construirá uma usina-piloto para destinar suas 500 toneladas de resíduos mensais. Hoje, parte vai para fabricação de novos produtos, mas a ideia é gerar energia com o restante por meio da tecnologia pirólise. Após três anos de estudos, foi liberada pela Fepam a licença para a unidade, que ficará em Taquara, junto da fornecedora Ambiente Verde. Quem acompanhou a tramitação foi o deputado estadual Dalciso Oliveira (PSB), também calçadista e entusiasta da tecnologia. Segundo o diretor industrial da Beira Rio, João Henrich, o projeto tem potencial de gerar 200 empregos e demandará até R$ 15 milhões, com retorno previsto em até cinco anos.
Para análise de impacto, a usina consumirá, inicialmente, três toneladas de sobras de calçados por dia. Elas serão aquecidas em fornos, gerando gás de síntese e carvão rico em hidrogênio, usado em geradores elétricos para fornecer energia. Já o carvão residual será reaproveitado para componentes de calçados.
- Após os testes, está prevista a construção de uma usina que consumirá 400 toneladas mensais de resíduos, gerando 1,4 MW (megawatts) de energia - conta Henrich.
A pirólise ainda é pouco usada no país. No início do ano, um empresário de SC chamou a atenção do presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto ao prometer investir em 200 usinas caso o setor tivesse regulamentação. Depois, a tecnologia entrou no Programa Combustível do Futuro, proposto pelo Ministério de Minas e Energia.
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