sexta-feira, 10 de setembro de 2021


10 DE SETEMBRO DE 2021
INFORME ESPECIAL

A frase mais importante dita por Bolsonaro

Se você quiser realmente entender uma pessoa, é preciso compreender essas quatro dimensões:

1 O que ela diz.

2 O que ela faz.

3 O que ela pensa.

4 O que ela sente.

O “mapa da empatia” pode ser útil em várias circunstâncias, das relações amorosas aos cursos para vendedores ávidos por melhores desempenhos. Não é difícil aplicá-lo à mais reveladora, importante e estrondosa frase dita pelo presidente Jair Bolsonaro desde que se elegeu: “Só vejo três opções de futuro para mim: a cadeia, a morte ou a vitória.”

1 Isso é o que ele diz.

2 O que ele faz: cria situações de conflito e autodestrutivas que o aproximam da profecia.

3 O que ele pensa: que ao dizer isso, chega mais perto da vitória.

4 O que ele sente: que é uma espécie de porta-voz insubstituível das causas mais importantes do país e que, por isso, está sendo perseguido por  um complô que une comunistas, imprensa, judiciário e o resto do mundo que não o reconhece como mártir e messias.

Obviamente, as afirmações acima têm muito de análise e opinião e, por isso, não são à prova de questionamentos. Sempre sustentei, porém, que se há algo de que Bolsonaro não pode ser acusado é de incoerência. Apesar da nota divulgada ontem, certamente fruto de enormes pressões do seu entorno, ele sempre foi o que demonstrou ser em 7 de Setembro: uma pessoa movida pelo antagonismo e pela polarização. Tudo leva crer que Bolsonaro, apesar dos eventuais recuos, acredita fielmente na frase que repetiu em São Paulo, depois de pronunciá-la alguns dias antes, em Goiânia. Cadeia, morte ou vitória. São esses três destinos, inconciliáveis entre si, e só eles, que o presidente do Brasil enxerga para seu futuro próximo.

Tudo que nóis tem é nóis

O rapper, letrista e cantor Emicida abrirá a programação da Feira de Oportunidades, promovida pelo Senac-RS. O evento, que será gratuito e online, se inicia no dia 14, com um papo sobre educação na palestra "E² = Infinitas possibilidades". Emicida compartilhou com o Informe Especial uma história marcante de sua trajetória, que fez toda a diferença na sua relação com os estudos:

Inscrições: https://gzh.rs/3jZTD01

"Quando eu estava na quarta série, abandonei os estudos. A minha mãe trabalhava como empregada doméstica em um bairro que era economicamente mais bem favorecido do que o meu e pela primeira vez me deparei com uma série de preconceitos. Isso fez com que eu começasse a faltar à aula. Um ano depois, eu voltei para a escola e lá tinha uma professora chamada Rita de Cássia. Ela descobriu que eu tinha um apreço por história em quadrinhos e começou a organizar todas as minhas lições nesse formato, pois ela sabia que aquela linguagem conversava comigo. Após isso, eu vi um sentido gigante em estar dentro de uma sala de aula aprendendo. Muitas vezes, os professores não têm respaldo econômico e nem ferramentas para encontrar soluções para os seus alunos. Por isso falar de educação é, e sempre será fundamental"

TULIO MILMAN

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