quinta-feira, 9 de setembro de 2021


09 DE SETEMBRO DE 2021
OPINIÃO DA RBS

VACINAS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O controle da pandemia passa pela imunização do maior número de pes- soas possível, desde que feita com absoluta segurança, após testes exaustivos dos laboratórios e aprovação pelas agências sanitárias dos países. A premissa de abarcar a mais ampla cobertura vacinal de que se for capaz inclui crianças e adolescentes. Esse é um público que ainda é pouco alcançado, mesmo nas nações mais avançadas na disponibilização de doses para sua população. Mas há, felizmente, um movimento amplo das farmacêuticas no sentido de conduzir as pesquisas, até agora com resultados promissores.

Sabe-se que crianças e adolescentes têm menos complicações se acometidos pela covid-19. Mas, mesmo assim, são transmissores. Vacinadas, pessoas de qualquer idade potencialmente transmitem menos. Imunizar esse estrato etário, ampliando a proteção individual e coletiva, permitiria um retorno mais seguro às salas de aula, por exemplo, e como resultado mais abrangente colaboraria para combater a circulação do novo coronavírus na população em geral. No Brasil, o único imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até agora para a faixa de 12 a 17 anos é o da Pfizer. As doses, por enquanto, foram administradas majoritariamente apenas para meninos e meninas nessa idade com comorbidades ou deficiência, mas Estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul começaram também a incluir adolescentes sem doenças prévias.

A expectativa é de que a vacinação no país deslanche a partir do próximo dia 15, quando o Ministério da Saúde começará a distribuir doses para esse recorte de idade, sem comorbidades. Será, sem dúvida, motivo de alívio para um grande número de famílias, assim como a terceira aplicação para idosos com mais de 70 anos. Com a ajuda da grande adesão dos brasileiros à vacinação, o país fica mais perto de superar a pandemia e retornar a uma rotina mais próxima ao normal.

Espera-se, agora, que mais laboratórios tenham sucesso em suas pesquisas, para que o Brasil e o mundo possam ter uma variedade maior de vacinas disponíveis para a população mais jovem. O Chile, por exemplo, iniciou a aplicação da CoronaVac em crianças a partir de seis anos. Na China também é aplicada a partir dos três anos, mas no Brasil a licença não foi concedida pela Anvisa, por considerar os dados apresentados ainda insuficientes para a liberação. Oxford/AstraZeneca, Moderna e Janssen também, em diferentes fases, têm testes clínicos em andamento ou estão no estágio de recrutamento de voluntários. No caso da Pfizer, estima-se que crianças abaixo de 12 anos comecem a ser imunizadas antes do final do ano nos Estados Unidos. Com garantias de segurança e eficácia, será possível ampliar a estratégia de vacinação em massa, dando passos firmes na direção de reduzir a transmissão e, enfim, vislumbrar no horizonte o fim da pandemia.

 

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