
O que esperar do possível encontro entre Lula e Trump
Desde a semana passada, com a aproximação e a "química" entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa por uma reunião entre os dois nos próximos dias tem se tornado cada vez mais real. Entre as possibilidades estão videoconferência, reunião presencial, ou ainda em viagens que ambos vão realizar no próximo mês.
Ainda não há detalhes sobre a data nem o formato da conversa. A intenção que circula entre o corpo diplomático do governo federal é de que ocorra primeiro reunião por telefone, seguida de encontro presencial. O vice-presidente Geraldo Alckmin disse à Rádio CBN ontem que ainda não há nenhum encontro agendado entre Lula e Trump, mas que há otimismo e que as tratativas já ocorrem há alguns meses.
Professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de Harvard, o gaúcho Vitelio Brustolin compartilha da expectativa.
Ele avalia ser provável que uma reunião aconteça, já que os dois lados estão dispostos, embora não necessariamente presencial.
- Reunião pode sim acontecer, não sabemos se será um encontro, pode ser só uma reunião, mas ela tem tudo para ser guiada pelas demandas dos EUA e não por uma política de apaziguamento - afirmou ele.
O pesquisador ressalta que o encontro deve ser dominado pelos norte-americanos, com base nas falas de Trump em seu discurso na ONU. Segundo Brustolin, o pronunciamento foi de demandas dos norte-americanos, e não de apaziguamento na relação com o Brasil.
- Esse discurso tem vários tópicos, inclusive reclamações sobre o alinhamento da política externa do Brasil aos EUA. Quando Trump diz que o Brasil não pode vencer sem os EUA, ele está falando disso, de um desalinhamento da política externa brasileira. O Brasil sempre procurou ter um equilíbrio em sua política externa, mas Lula, ainda durante a campanha eleitoral americana, declarou apoio a (Joe) Biden e depois a Kamala (Harris), então já havia distanciamento entre os dois, que acaba reverberando nas relações bilaterais. Agora, o fato de haver a possibilidade de uma conversa não significa que será amistosa - enfatizou.
Pautas em discussão
Embora a reunião deva ser guiada pelas demandas dos EUA, isso não significa que Lula não apresentará suas próprias pautas. O professor avalia que o Brasil deve abordar a questão dos minerais críticos, das big techs, da regulação econômica dos mercados digitais e das tarifas, entre outros tópicos.
- A questão política não está na mesa para o Brasil, mas Trump parece disposto a tratá-la - pondera. - Estaria Trump aberto para ouvir? Ele está aberto para negociar, resta saber o quê. _
Turismo da Capital
A prefeitura de Porto Alegre integra a comitiva do governo estadual que participa da Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT), em Buenos Aires.
Com o propósito de promover a cidade, a prefeitura apresenta na feira suas vinícolas urbanas, cervejarias, a Maratona de Porto Alegre, a Dupla Gre-Nal e até o Laçador, um dos ícones da cidade.
- Queremos mostrar Porto Alegre como um destino plural, acolhedor, cultural, da gastronomia e do futebol - disse a diretora de Turismo e Eventos, Rafaela Brum. _
Olhar para o passado
A ex-presidente e atual líder do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, falou durante abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas Para Mulheres (CNPM), realizada ontem em Brasília.
Ao citar que seu último compromisso no cargo foi a última edição do evento em 2016, disse que o impeachment sofrido por ela foi um "golpe injusto":
- Lembro que a abertura da 4ª Conferência foi meu último compromisso oficial, antes do golpe profundamente injusto contra a nossa democracia. Mas a História mostrou que resistir vale a pena - disse Dilma.
Paralisação nos EUA
O governo dos EUA pode enfrentar nesta semana o shutdown. Trata-se de uma paralisação parcial de agências e atividades do governo por falta de recursos a partir de amanhã, caso o Congresso não aprove até hoje o orçamento para financiar agências federais.
O próprio presidente Donald Trump admitiu que a paralisação é possibilidade real. Não é possível apontar com exatidão quais programas ou setores seriam paralisados, mas normalmente as funções consideradas essenciais para a proteção de vidas, como saúde, e propriedades permanecem em funcionamento.
Outro agravante da possível paralisação são os impactos negativos que pode causar. Milhares de funcionários federais poderiam ser dispensados temporariamente ou ficar sem receber seus salários.
Há também o risco de perdas para o crescimento econômico, como ocorreu no shutdown de cinco semanas entre o fim de 2018 e o início de 2019, que resultou em prejuízo de cerca de US$ 3 bilhões. _
O rei Charles III e a rainha Camila visitarão o papa Leão XIV em outubro. O encontro foi confirmado por Buckingham, embora as datas não tenham sido divulgadas.
(Interino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário