sexta-feira, 26 de setembro de 2025


Entidades querem transformar Dopinho em centro de memória

Um movimento de mais de 30 entidades ligadas aos direitos humanos do RS mobiliza-se para transformar o Dopinho - um casarão que serviu como local de repressão durante a ditadura militar em Porto Alegre - em um centro de memória.

A proposta partiu de uma iniciativa do Instituto Sig - Psicanálise & Política. Ao tomar conhecimento de que o imóvel, de propriedade privada, estava à venda, o instituto articulou uma rede com o objetivo de converter o local em um centro de memória.

De acordo com a psicóloga Maria Luiza Castilhos Flores Cruz, integrante do Instituto Sig, o objetivo é apresentar a proposta ao poder público federal.

- Estamos interessados em trabalhar por uma política pública de memória em Porto Alegre, para ressignificar um local que foi tão importante para quem viveu a ditadura e para a cidade - explicou.

A iniciativa ganhou força nas últimas semanas, após ser apresentada na Conferência Livre de Direitos Humanos "Ditadura Nunca Mais", realizada neste mês como evento preparatório para a Conferência Estadual de Direitos Humanos do RS.

Segundo Júlio Alt, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do RS, órgão responsável pela conferência, a ação busca evitar o apagamento da memória sobre a ditadura militar. - Queremos transformá-lo em um centro de memória, já que o local é um imperativo moral daquele período - declarou.

Próximos passos

Maria Luiza afirma que o objetivo é solicitar ao governo federal que avalie a possibilidade de permuta ou compra do imóvel. A psicóloga menciona que a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) também articula a causa junto ao poder público.

Uma audiência pública na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, marcada para 6 de outubro, deve definir encaminhamentos.

Paralelamente, segundo Alt, a proposta será formalmente apresentada na conferência estadual, agendada para os dias 24 e 25 de outubro.

- Todas as propostas aprovadas na conferência serão tratadas como prioridade do RS na pauta de direitos humanos - completou.

O Dopinho, localizado na Rua Santo Antônio, no bairro Floresta, abrigou, entre 1964 e 1966, um centro de tortura e detenção clandestina de prisioneiros ilegais da ditadura militar, sendo palco de graves violações de direitos humanos. _

Estátua de Trump de mãos dadas com Epstein é retirada

O Serviço de Parques Nacionais dos EUA removeu na quarta-feira uma estátua intitulada Melhores Amigos para Sempre, que representava o presidente Donald Trump e o falecido empresário Jeffrey Epstein.

A instalação havia sido colocada na terça-feira em um parque próximo ao Capitólio, em Washington. A obra exibia os dizeres: "Celebramos o vínculo duradouro entre o presidente Donald J. Trump e seu ?amigo mais próximo?, Jeffrey Epstein." .

Epstein foi acusado de tráfico e crimes sexuais contra menores. Sua associação com Trump se tornou um tema polêmico especialmente após a divulgação de documentos judiciais que listavam supostos clientes e associados do empresário.

Nos registros, constavam voos de Trump e de familiares seus no avião particular de Epstein. Apesar da amizade pública entre os dois, não há evidências de que o presidente tenha participado diretamente dos crimes. 

Casa Branca coloca caneta automática no lugar de Biden

O governo de Donald Trump fez uma publicação nas redes sociais onde ironizou a nova galeria de ex-presidentes da Casa Branca. No lugar da foto de Joe Biden, a nova administração colocou a imagem de uma caneta automática.

Também conhecida como autopen, o aparelho é utilizado para reproduzir assinaturas automáticas. Presidentes norte-americanos usam o equipamento há décadas para agilizar a rotina.

Em março, o republicano já havia criticado o uso do dispositivo pelo antecessor e alegou que perdões concedidos pelo democrata seriam inválidos, pois teriam sido assinados por auxiliares sem o conhecimento de Biden.

Também sustentam a teoria de que o democrata não participava das decisões devido a um suposto declínio cognitivo. Biden reconheceu o uso da autopen, mas afirmou que todas as assinaturas foram realizadas com o seu consentimento. _

Brasília pode se mudar para Belém

A Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto que transfere simbolicamente a capital do Brasil para Belém durante a COP30.

A proposta, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG), estabelece que, por 10 dias, atos oficiais assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por ministros farão referência à capital do Pará, e não a Brasília.

Aprovado por 304 votos a 64, o texto autoriza os três Poderes da República - Executivo, Legislativo e Judiciário - a se instalarem em Belém para conduzir suas "atividades institucionais e governamentais" diretamente de lá. Para ter validade, o projeto ainda depende da aprovação do Senado e da sanção de Lula. _

Homenagem a Miriam Leitão

Referência nacional no jornalismo, Miriam Leitão receberá o título de Doutora Honoris Causa da Universidade La Salle, em Canoas. A honraria será concedida no dia 9 de outubro.

A outorga do título ocorrerá durante a Semana Acadêmica de Pesquisa, Inovação e Extensão, com o tema Inovação Social e Urbana: construindo soluções sustentáveis para desafios coletivos, entre 6 e 10 de outubro.

No mesmo dia, haverá uma sessão de autógrafos com as obras de Míriam e de seu marido, Sérgio Abranches. Após a cerimônia, ela proferirá a palestra Entre o poder da destruição e o tempo das possibilidades: construindo soluções sustentáveis no Brasil.

Miriam Leitão atua em veículos como O Globo, GloboNews e CBN. É autora de 16 livros e ocupa a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL). _

INFORME ESPECIAL 

Nenhum comentário: