Atos mobilizam bolsonarismo, e Eduardo promete agir nos EUA
Marcadas para o dia da Independência, as manifestações de domingo que pediram anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro serviram para manter mobilizados os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na semana decisiva do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Além do pedido de anistia, cânticos favoráveis a Bolsonaro e palavras de ordem contra a Corte, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, marcaram os protestos pelo país.
Em Porto Alegre, o ato bolsonarista ocupou as duas pistas da Avenida Goethe, entre a passarela do Parque Moinhos de Vento e a esquina com a Rua Mostardeiro - tamanho ligeiramente maior do que o ato realizado no mesmo local no início de agosto.
Ornado com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos e portando algumas faixas escritas em inglês, o público assistiu a um discurso de cerca de cinco minutos do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se conectou ao telão ao vivo, por chamada de vídeo. Aos apoiadores, Eduardo garantiu que a anistia "vai passar por bem ou por mal" no Congresso.
Ele também prometeu levar os atos no Brasil ao conhecimento das autoridades americanas:
- Podem ter certeza, (com) vocês aí nas ruas, esse vídeo que estão mandando para mim vai chegar às autoridades da Casa Branca.
Apreensão
A declaração do filho de Bolsonaro, principal articulador do tarifaço americano contra produtos brasileiros, aumenta as expectativas sobre a reação do governo Donald Trump à eventual condenação de Bolsonaro pelo Supremo, sobretudo no setor produtivo, que teme novas sanções econômicas.
O deputado condiciona a aprovação da anistia para trabalhar pelo fim das tarifas a produtos brasileiros. No discurso ao público de Porto Alegre, repetiu que "não haverá recuo".
Em Brasília, o presidente Lula aproveitou o desfile oficial do 7 de setembro para reforçar a narrativa nacionalista do governo. O lema Brasil Soberano virou slogan da administração diante do tarifaço americano e deve ser carregado como cavalo de batalha para 2026. _
Em Porto Alegre, esquerda pede condenações no STF
Tradicional protesto de partidos de esquerda no 7 de Setembro, o Grito dos Excluídos reuniu manifestantes em diferentes capitais do país. Em Porto Alegre, os atos se concentraram no Parque da Redenção, pela manhã, e no Largo dos Açorianos, à tarde.
Os participantes pediram punições para os réus que respondem por tentativa de golpe no Supremo e defenderam a soberania nacional.
Também havia faixas pedindo mais oferta de empregos e salários justos, a redução da jornada de trabalho sem redução de vencimentos e o fim da escala 6x1. _
Colaborou André Malinoski - Disputa tácita
Deputados estaduais do PDT não gostaram da presença de Juliana Brizola em evento do PT, na semana passada. Embora animados com o desempenho de Juliana nas pesquisas para o governo estadual no ano que vem, eles rejeitam a hipótese de dividir palanque com o partido de Lula.
Quando o PDT ampliou a participação no governo Leite, emplacando Eduardo Loureiro na Secretaria da Cultura, a bancada estadual deixou apalavrada a disposição de embarcar na coligação governista em 2026. Além disso, os deputados receiam colher desgaste nas bases com a eventual aliança com o PT.
Por outro lado, Juliana tem o valioso aval do presidente do PDT, Carlos Lupi, para levar adiante a pré-candidatura. _
Tudo por 2026
O vice-governador Gabriel Souza tem sido cobrado por correligionários a direcionar a agenda a atividades políticas.
Os apelos são para que ele intensifique a participação em eventos no Interior e receba prefeitos e vereadores na Capital. _
Saindo da gaveta
O projeto de lei que cria gratificações a professores e estudantes da rede estadual deve ser enviado nesta semana pelo Piratini à Assembleia. _
aliás
Os organizadores da manifestação bolsonarista no Parque Moinhos de Vento pediram apoio financeiro aos militantes para bancar a organização do protesto. A assim chamada "caixinha patriótica" colheu contribuições para, conforme anunciado, bancar os caminhões de som e a confecção dos cartazes produzidos.
Prazo para Melo
Sebastião Melo tem até 17 de setembro para decidir sobre a criação de cotas de 1% para transexuais em concursos de Porto Alegre. O prefeito já disse que sanciona ou silencia - hipótese que obrigaria a presidente da Câmara, Comandante Nádia (PL), a promulgar a lei.
No sábado, a conferência municipal de Direitos Humanos aprovou moção de apoio à sanção do projeto.
Está marcada para quarta-feira a solenidade de entrega da cadeia pública de Porto Alegre, o novo Presídio Central. Foram três anos de obra, a um custo de mais de R$ 130 milhões.
mirante
O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT) prepara a candidatura do filho, Matheus Pompeo, a deputado estadual. Matheus está no segundo mandato de vereador em Ijuí.
O prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues (PP), nomeou o filho, Gabriel, para ser chefe de gabinete.
Luiz Braz será o primeiro vereador emérito de Porto Alegre. O quadro será descerrado hoje na Câmara, por iniciativa da vereadora Mariana Lescano (PP). Braz exerceu sete mandatos na Capital e faleceu em 2024.
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