29 DE DEZEMBRO DE 2023
MERCADO DE TRABALHO
Estado tem saldo de 11,8 mil vagas formais em novembro
O Rio Grande do Sul fechou o penúltimo mês do ano com mais contratações do que demissões. O Estado criou 11.799 vagas com carteira assinada em novembro, engatando o quarto mês positivo no mercado de trabalho formal. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O RS teve o terceiro melhor saldo entre os Estados em novembro, ficando atrás apenas de São Paulo (+47.273) e Rio de Janeiro (+23.514). No país, foram criados 130.097 postos de trabalho com carteira assinada em novembro. A maioria dos empregos formais foi criada principalmente no setor de serviços (92.620) e no comércio (88.706).
O saldo de novembro no RS decorre de 114.640 admissões e 102.841 desligamentos no período. O resultado veio em patamar acima do observado em outubro (10.605), segundo dados atualizados. Ante novembro do ano passado, quando o saldo ficou em 11.262, o nível também é ligeiramente maior, com status de estabilidade.
No acumulado do ano, são 76.457 postos gerados no Estado. Nesse recorte, o dado segue mostrando desaceleração em relação ao ano passado, marcado pela recuperação pós-pandemia de covid-19. No agregado de janeiro a novembro de 2022, o saldo ficou em 128.330 empregos.
Lisiane Fonseca da Silva, economista que atua na área do mercado de trabalho e professora da Universidade Feevale, afirma que o avanço de novembro espelha uma conjunção de fatores, com demanda gerada pelas festas de fim de ano. Também entra nessa conta uma tentativa de recuperação após efeitos de estiagem e aguaceiros que afetaram o Estado neste ano, segundo a docente:
- Tem esse conjunto de elementos. Uma retomada após questões climáticas que afetaram o Estado e a própria questão do movimento de final de ano, tanto que os setores com maior movimento são serviços e comércio.
Sazonalidade
Entre os setores, serviços voltaram a anotar o melhor resultado, com a abertura de 6.450 vagas. Em seguida, aparecem comércio (+4.838) e agropecuária (+2.649). A construção apresentou certa acomodação, com geração de 87 postos. A indústria é o único setor no vermelho em novembro, com fechamento de 2.225 postos.
A economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio- RS), Patrícia Palermo, avalia que o desempenho de serviços e comércio são normais nessa época.
- O resultado de novembro não surpreendeu, revelando a sazonalidade típica do período, com a indústria destruindo postos e o comércio reforçando seus times para a maior demanda de fim de ano - afirma.
A economista destaca ainda o fato de a indústria ter destruído mais postos e o comércio criado menos vínculos em novembro deste ano ante o mesmo mês do ano passado. Já os serviços apresentaram alta nessa comparação:
- De maneira geral, os serviços performaram bem, e o destaque foram as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
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