30 DE DEZEMBRO DE 2023
FLÁVIO TAVARES
ANO NOVO, VIDA NOVA?
O novo ano está aí, renovando esperanças ou relembrando o que deu certo. Mas, em alguns aspectos, 2024 não está por iniciar-se, pois 2023 ainda não terminou. Continuamos a reter na retina e na memória aquele 8 de janeiro quando turbas enfurecidas, vindas de diferentes Estados, atacaram as sedes dos três poderes em Brasília, destruindo o que encontravam.
Buscavam criar o caos para um golpe de Estado, desconhecendo o pleito que elegeu Lula da Silva.
Até então, só sucedera algo similar nos Estados Unidos, quando partidários do derrotado Donald Trump invadiram o Capitólio. Inauguramos a versão brasileira num episódio sórdido em que não aparecem os financiadores do terror.
A marca indelével, porém, respingou no cotidiano. Cada vez mais a política transforma-se em sordidez. A perversão chega ao modo de vida. Nas trocas comerciais, já não sabemos se o que nos oferecem corresponde ao que nos dizem que é.
Na política, esbanja-se o dinheiro público, como quando Lula da Silva e a esposa Janja gastam R$ 114 mil na compra de um tapete para o Palácio da Alvorada, onde residem. Mais ainda - compraram um sofá por R$ 65 mil para os fins de semana na Granja do Torto. O vice-presidente Geraldo Alckmin gastou R$ 156 mil para mudar o piso do dormitório do Palácio Buriti, onde mora.
Mas não há verba para prevenção da saúde, mesmo que a OMS aponte o Brasil como o país com maior incidência da dengue no mundo. A covid-19 reapareceu em nova cepa e matou no Ceará, mas não há sequer prevenção.
É inegável que demos um passo à frente elegendo Lula. Já não "passamos a boiada" como antes, quando o então presidente da República chegou a inventar que a vacina contra a covid "provocava aids".
Nem o passo à frente leva a desconhecer as invencionices e bravatas. Como o fez Lula na Cúpula do Clima, em Dubai, ao prometer que seu governo "tudo faria" para frear o aquecimento global que ameaça a vida no planeta. Logo o Brasil quis filiar-se à Organização dos Países Produtores de Petróleo, que é o grande poluidor. Mais ainda - a Petrobras vai explorar a área meridional do Rio Amazonas, contrariando até a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Estaremos em novo ano com vida nova?
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