Empresa gaúcha cresce pegando carona nos pedágios
Fundado em 2005, em Porto Alegre, o Grupo Imobi atua no segmento publicidade externa - placas, outdoors e, mais recentemente, painéis eletrônicos. Uma das atividades é de publicidade digital em pedágios, atividade em que a Imobi está ampliando a sua atuação no Rio Grande do Sul e também desembarcando em outros Estados.
A empresa, que já atuava em sete cidades gaúchas, passou a operar também em mais sete, dobrando seu alcance no Estado.Agora, expandiu também suas operações para Santa Catarina, nos municípios de São João do Sul, Araranguá, Tubarão e Laguna, e Rio de Janeiro. Por lá, onde vai administrar 14 telas digitais na via expressa Transolímpica, zona oeste da capital fluminense.
Somando Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a Imobi terá presença em 18 praças de pedágios, com operação de 103 painéis digitais, onde a empresa administra a publicidade nesses locais após parceria ou em formato de concessão com as respectivas concessionárias.
ENTREVISTA ANDRÉ GERDAU Vice-presidente do conselho de administração da Gerdau
A Gerdau inaugurou ontem a reforma de sua unidade de produção de Sapucaia do Sul, resultado de investimento de R$ 200 milhões. Segundo André Gerdau Johannpeter, vice-presidente do conselho de administração da companhia, esta siderúrgica já nasceu, em 1948, com o propósito de utilizar sucata como matéria-prima, característica que antecipou um dos princípios da economia circular. Em entrevista exclusiva à coluna, Johannpeter comentou esse desafio do Executivo estadual, e também afirmou esperar uma solução do governo federal para a "invasão" do aço chinês até o fim do ano.
Como vê a economia, com ainda mais volatilidade e incerteza depois da pandemia e em meio a guerras?
Há mercados que estão positivos, como Estados Unidos, Canadá e México. Existem conflitos, é muito triste ver guerras e perdas de vidas. No Brasil, a indústria enfrenta desafios, a gente está sofrendo muito com a importação, então o mercado doméstico que não está crescendo, está andando um pouco de lado, e caindo um pouco o consumo. Mas muito desse consumo está vindo de importações e com a penetração, que está preocupando o setor. Então, quando a gente olha, realmente, é um copo meio cheio, meio vazio. Para nós, no aço, está bom na América do Norte, nos países da América Latina, uns melhores, outros piores, e o Brasil com desafios para a indústria.
Qual a preocupação do setor do aço com a importação da China?
A penetração de aço importado é por volta de 10%, 12% do consumo no Brasil. Neste ano, saltou para 25%. A maior parte vem da Ásia, principalmente da China. Então, o que pleiteamos é uma tarifa de importação de 25%, em vez dos 9,6% atuais. Estados Unidos, Europa e México têm 25%. Esse aço não entra lá, e procura tarifas mais baixas, caso do Brasil.
A tarifa havia sido reduzida?
Foi, no ano passado, e agora em dezembro voltaria. O governo adiantou elevando 10%, para 12%. Mas o foco em 25% é por que outros países estão praticando. Estivemos recentemente na China. A economia lá está mais lenta, e há excesso de capacidade. A política é muito focada em manter empregos e, mesmo perdendo dinheiro, eles exportam. Estamos mostrando ao governo e pedindo ajuda, que seria temporária, precisa de urgência para estancar.
Que retorno têm recebido?
O governo tem analisado, Esperamos solução até o final do ano, porque várias empresas do setor já anunciaram layoffs, alguns já têm algum desemprego.
A Gerdau fez demissões.
Sim, temos por volta de 600, e outras em risco. A Gerdau emprega cerca de 18 mil pessoas no Brasil. Mesmo assim, é significativo. Nesses 600, cada um tem família e precisa de sustento. São pessoas treinadas, engajadas, que a gente não quer perder. E temos cerca de 300 pessoas em layoff, em Charqueadas.
Se a alíquota não subir, há o risco de mais desemprego?
Sim, e já começamos a ver cancelamentos de investimentos. Não anunciamos ainda, mas outros produtores do setor do aço já anunciaram.
Qual o foco do investimento em Sapucaia?
É uma modernização da aciaria, que é de 1948. É um investimento muito simbólico, mostra a nossa confiança no longo prazo. Essa unidade já nasceu na rota da sucata, tem um centro de reciclagem importante. Hoje se fala de economia circular, e essa já nasceu recicladora lá em 1948. Continuamos mantendo essa característica de sustentabilidade, porque a planta é recicladora de sucata e gera muito menos CO2.
Sem Poa-Frankfurt
Por ser alemã como a Fraport, gestora do aeroporto Salgado Filho, a Lufthansa era alvo da cobiça dos gaúchos por um voo direto entre Porto Alegre e Alemanha. Ontem, a executiva de contas da aérea no Brasil, Patrícia Ribeiro, disse que "infelizmente, ainda não há nenhum plano concreto" para atender a esse sonho. A resposta foi seguida por um suspiro coletivo de lamentação da plateia da última reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul (AHK-RS). Segundo Patrícia, o grupo tem compromisso de reduzir suas emissões em 50% até 2030, e se tornar net zero até 2050. A Lufthansa não usa combustíveis renováveis feitos com alimentos, prefere os produzidos a partir de resíduos.
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