Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 14 de janeiro de 2012
14 de janeiro de 2012 | N° 16947
NILSON SOUZA
Os 70 (breves) anos de Stephen Hawking
O cientista mais famoso da atualidade, o britânico Stephen Hawking, completou 70 anos esta semana e gravou um depoimento para a Universidade de Cambridge, que pode ser resumido numa mensagem de duas palavras – dirigidas não apenas a seus colegas e alunos, mas para toda a Humanidade: “Sejam curiosos”. No pronunciamento intitulado “Uma breve história de mim”, alusão ao seu livro mais famoso,
Uma Breve História do Tempo, o genial pesquisador relata como sobreviveu ao diagnóstico de sua terrível doença degenerativa para continuar estudando, pesquisando e lecionando. Contra toda as previsões médicas, ele se mantém lúcido e produtivo, embora só consiga se comunicar através de um sintetizador de voz que interpreta pequenos movimentos dos músculos de sua bochecha. O ritmo médio desse processo penoso de escolha de letras é de, aproximadamente, uma palavra por minuto.
E, no entanto, esse ser quase inerte pensa, decifra complexas equações físicas e formula teorias sobre a origem do universo. É um fenômeno, que já rendeu filmes e livros. Sua breve história é, na verdade, uma longa e extraordinária história de superação, desafio e otimismo sobre a condição humana.
Ele mesmo nos define como “uma mera coleção de partículas fundamentais da Natureza”, mas lembra que temos o poder de buscar sentido para tudo o que existe, o que, de certa forma, nos torna senhores da criação.
Somos, no mínimo, senhores de nossas próprias histórias. Nem todos nascemos com um cérebro prodigioso. Nem todos viemos ao mundo munidos de talentos e habilidades que possam nos diferenciar de nossos semelhantes. Nem todos seremos famosos, admirados e reconhecidos em nossa passagem pelo planeta.
Mas todos somos dotados daquela faísca interna chamada curiosidade, que nos fez vencer o medo de sair da nossa caverna segura e nos levou à Lua. Impulsionados por ela, domesticamos animais, atravessamos oceanos, inventamos a roda, edificamos cidades e construímos equipamentos impensáveis, que nos permitem dar a volta ao mundo em minutos.
– Sejam curiosos! – recomenda o homem que precisa de dois minutos inteiros para dizer isso.
É tempo suficiente para relatar um acontecimento, contar um causo, escrever uma mensagem de amor. É o tempo aproximado que o prezado leitor e a generosa leitora levaram para me acompanhar até o fim nesta reflexão sobre uma breve e comovente história de sete décadas.
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