Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Jaime Cimenti
Complôs, assassinatos, falsificações e personagens históricos em delirante trama de Eco
O Cemitério de Praga é o novo romance do professor, escritor e pensador Umberto Eco, nascido na Alexandria em 1932 e autor dos romances O nome da rosa; O pêndulo de Foucault; A ilha do dia anterior; Baudolino e A misteriosa chama da Rainha Loana. Eco é autor também de obras de filosofia, crítica literária e semiótica já clássicas como Obra Aberta e Kant e o ornitorrinco.
Trinta anos após o estrondoso sucesso de crítica e de público de O nome da rosa, Eco traz novamente uma rica trama envolvendo personagens históricos, complôs, enganos, falsificações e assassinatos.
O jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos falsos do Caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião, entre muitas outras coisas, figuram na narrativa vertiginosa, na qual a única figura de fato inventada é o protagonista Simone Simonini, que, por sinal, é o mais verdadeiro de todos. Isso talvez por ser muito parecido com muita gente que ainda anda por aí.
Simonini, diga-se de passagem, faz coisas que na verdade não foram feitas exatamente por ele e tal. Na narrativa, ao longo do século XIX estão uma satanista histérica, uma abade que morre duas vezes e alguns cadáveres dos fétidos esgotos parisienses.
Serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores figuram no enredo que envolve, entre outras coisas, a disseminação gradual da falsificação conhecida como Protocolos dos Sábios de Sião.
Eco trabalhou, como se vê, com um material que seria perfeito para os famosos folhetins do século XIX, ilustrados com os feuilletons daquela época. Folhetins em que tudo podia acontecer. O jornal italiano La Repubblica considerou o novo romance de Eco como “uma obra destinada a se tornar um clássico”. As palavras não parecem exageradas, o tempo e os leitores dirão.
Dirão depois de ler sobre testamentos enganosos, irmandades diabólicas, falsos notários e outras coisas do gênero. Coisas que passaram a existir, muitas, depois de aparecer a narrativa de Umberto Eco. Editora Record, 480 páginas, tradução de Joana Angélica d’Avila Melo.
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