Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
18 de novembro de 2011 | N° 16890
EDITORIAIS ZH
O piso e a greve
Um confronto que se repete com frequência no Estado põe em risco mais uma vez, num final de ano, a situação de milhares de estudantes de escolas públicas. Os professores da rede estadual decidem nesta sexta-feira se paralisam atividades, na tentativa de receber o piso nacional do magistério.
Não há como ignorar as demandas salariais do magistério, até porque a defasagem nos vencimentos vem se acumulando há décadas. Exatamente por isso é de se perguntar se o recurso da greve terá o poder de contribuir para a solução do impasse com o governo.
O piso nacional de R$ 1.187 foi aprovado há mais de três anos envolto em controvérsias, porque a categoria exige sua imediata aplicação e os Estados argumentam com a incapacidade financeira. Tanto que 17 das 27 unidades da federação não pagam o mínimo estabelecido, entre as quais o Rio Grande do Sul.
O governo gaúcho já assumiu o compromisso de pagar o piso até o final do mandato do senhor Tarso Genro. O Cpers insiste que o pagamento já deveria estar sendo feito e articula a paralisação.
É um impasse de difícil solução, pois nenhum governo conseguiu corresponder às justas expectativas do magistério. O Estado enfrenta dificuldades de caixa, que podem fazer com que o ano seja fechado com um déficit de R$ 400 milhões.
Previsões indicam que a diferença entre despesas e receitas corre o risco de triplicar em 2012, em boa parte devido a compromissos salariais que o governo está assumindo com os servidores. Ontem, o governador afirmou que R$ 400 milhões foram reservados pelo Estado para reajustes de salários dos professores no ano que vem e criticou uma provável paralisação.
O Cpers, por sua vez, insiste que os salários são parte das questões em debate e repetiu, por seus dirigentes, que a categoria chegou à exaustão. Um dos desfechos desse desencontro é previsível. Uma paralisação no fim de ano desestrutura o ensino, abala planejamentos e, principalmente, adia o projeto e os sonhos dos estudantes que esperam se formar e enfrentar o vestibular.
Assim é que não se sabe ao certo quem ganharia com uma greve, mas são identificáveis, por antecipação, os maiores perdedores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário