sexta-feira, 25 de novembro de 2011



25 de novembro de 2011 | N° 16897
EDITORIAIS ZH


Vida urbana

A escolha de Porto Alegre como sede da 10ª edição do Congresso Mundial Metropolis “Cidades em Transição”, que se realiza na Capital até amanhã, significa uma oportunidade importante para o debate e a troca de informações sobre os desafios de um crescimento urbano que em boa parte do mundo vem se mostrando desenfreado.

Os temas em debate com alguns dos maiores especialistas mundiais em urbanismo – de meio ambiente ao modelo de crescimento, passando por qualidade de vida e inovações – ganham relevância no país em meio às expectativas com a Copa do Mundo de 2014. Por isso, os resultados práticos precisam ser compartilhados com os cidadãos, que por viverem nas cidades são os principais interessados em torná-las mais aprazíveis e mais humanas.

O aumento no ritmo de urbanização, em consequência do crescimento populacional e fortemente influenciado pela globalização, impõe desafios múltiplos que precisam ser enfrentados acima de tudo com planejamento, governança e criatividade.

Sem uma preocupação permanente com esses aspectos, a tendência inevitável é de que as cidades se transformem em vítimas de problemas como a ocupação desordenada do solo, a degradação ambiental, a violência e serviços públicos de qualidade incompatível com o que é cobrado sob a forma de tributos. Daí a importância também da ousadia e da quebra de parâmetros na busca de soluções realmente eficazes.

Cada vez mais, as grandes cidades, particularmente as regiões metropolitanas, precisam encontrar alternativas que não se restrinjam aos seus limites geográficos.

Em muitos casos, como na área de saúde pública, é crescente a necessidade de busca de soluções conjuntas, capazes de permitir aos governantes fazerem mais com os escassos recursos disponíveis. Os debates no encontro que se realiza em Porto Alegre têm condições de dar uma contribuição importante em relação a esse e a outros aspectos.

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