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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
25 de novembro de 2011 | N° 16897
PAULO SANT’ANA
Ontem estava no meu dia
Eu vinha ontem ao meio-dia pela Avenida Erico Verissimo, na direção do Sala de Redação.
Foi quando avistei uma bela mulher, jovem, de saltos altos, trazendo pela guia um animal que mais tarde vim a saber era uma cadelinha.
Quando passaram por mim a formosa donzela e a ágil cadelinha, eu gritei bem alto para que ela ouvisse: “Bonita”.
A mulher falou: “Muito obrigada, ela é da raça poodle”.
Eu respondi: “Não estou dizendo que sua cadelinha é bonita, quis dizer que você é bonita”.
E ela retrucou prontamente: “Muito obrigado. Meu marido também me acha bonita”.
Eu quase fui a nocaute, mas acho que me recuperei a tempo: “Se seu marido também a considera bonita, acordando todas as manhãs junto à senhora sem maquiagem, então é porque, como eu disse, a senhora é realmente muito bonita”.
Casualmente, minutos depois desse encontro com a bela senhora, ontem, fiz o melhor programa Sala de Redação da minha vida de 40 anos nesse espaço radiofônico. São testemunhas disso os ouvintes do Sala.
Eu fiz uma narrativa fictícia das orgias sexuais do David Coimbra, antes de casar-se.
Durou quatro minutos minha narrativa. O Kenny Braga atirou-se no chão de tanto rir. O Cacalo dava barrigadas de riso e não conseguia falar de tanto rir. O Guerrinha explodiu num riso histérico, e até o Lauro Quadros, sempre econômico em risadas para o que eu digo, gargalhava.
Os ouvintes, segundo a telefonista mandou me dizer, telefonavam às catadupas para a rádio e diziam que nunca riram tanto. O Guerrinha me mostrou depois do programa vários e-mails que recebeu dizendo que tinha sido “genial” a minha participação no programa, que nunca deram tantas risadas. Foi um sucesso total a minha ficção sobre o David Coimbra.
Além da informação e da opinião, a rádio, o jornal e a televisão servem ao entretenimento.
Ontem foi meu dia de destaque no entretenimento. Fiz rir milhares de pessoas e os participantes do Sala de Redação.
Eu sempre escrevi aqui que meus momentos mais gloriosos na comunicação foram quando fiz as pessoas rirem ou chorarem.
Ontem fiz rir. Eu, modéstia à parte, sei ser gozado numa roda de bate-papo e em programas de rádio.
E, quanto mais as pessoas vão rindo do que digo, mais cômico me torno por esse incentivo. E aí eu toco o trombone da comicidade.
Ontem foi um dia desses. Se a Rádio Gaúcha quiser comprovar o que estou dizendo, que retransmita o Sala de Redação de ontem no sábado ou no domingo, num provável horário vago de sua programação.
Foi esfuziante o programa, foi incomparável em humorismo, em alegria, em espontaneidade.
Que dia! Não há dias mais gloriosos para a raça humana do que aqueles em que ela se comporta como notável.
Ontem foi o meu dia.
paulo.santana@zerohora.com.br
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