quinta-feira, 24 de novembro de 2011



24 de novembro de 2011 | N° 16896
PAULO SANT’ANA


Palitinhos de queijo

Andei trazendo do Uruguai uns palitinhos de queijo ou de tomate que servem de aperitivo. São deliciosos. Quando os distribuí aqui na sala em que trabalho em Zero Hora, fizeram a festa dos meus colegas.

Não é coitadismo nem estrangeirice minha, mas todos os produtos alimentícios do Uruguai são muito mais saborosos do que os do Brasil.

Que palitinhos! Estou contando os dias e as horas. E o que eu esperava está se aproximando.

Vão chegando as festas de fim de ano. Elas, que para mim sempre foram constrangedoras, este ano, no entanto, começam a se anunciar como acontecimentos que me vão calar fundo e provocarão em mim extrema sentimentalidade.

Gozado, alguns fluidos de felicidade estão sendo aspergidos sobre mim nos últimos dias.

Sempre é bom lembrar o pensamento antológico de um dos maiores jornalistas brasileiros de todos os tempos, Millôr Fernandes: “Jornalismo é exercício de oposição, o resto são secos e molhados”.

Isto quer dizer que jornalista tem de ser oposição a todo e qualquer governo. Isto não impede eticamente o jornalista de elogiar o governo em suas ações meritórias, mas em princípio o jornalismo tem de ser genuinamente uma cidadela de oposição.

Mesmo que isso possa vir a custar-lhe a própria cabeça.

O jornalista Giovani Grizotti esteve na redação do Jornal Nacional, no Rio de Janeiro, e lá ficou surpreso: encontrou-se com um editor do JN, Dagoberto Souto Maior, que coleciona num álbum as minhas colunas e vive declarando a todos que “Paulo Sant’Ana, a gente ama ou odeia, eu o amo”.

Uma notinha esportiva: chega a ser impressionante que neste campeonato nacional, embora as grandes e prometedoras atuações de Leandro Damião, o maior centroavante do certame seja Fred, do Fluminense.

Fred é a grande atualidade, Leandro Damião a extraordinária promessa. Tudo indica que a Copa de 2014 terá só Damião, Fred já terá cumprido seu prazo de validade.

Outra esportiva: com a confirmação de Kleber no Grêmio, já encomendei junto a Paulo Pelaipe um jantar entre mim e ele.

Quero dizer com veemência ao Kleber que acredito que ele ficará no Grêmio por pelo menos dois anos e assim desmentirá o meu amigo Juca Kfouri e o Tostão, que afirmaram em suas colunas que não valeria a pena o Grêmio contratá-lo, pois isso só provocaria atritos disciplinares.

Quero afiançar ao Kleber que acredito nele e que tudo o que se diz a seu respeito sobre suas dificuldades de conduta virará pó no Grêmio.

O Grêmio está precisando há 15 anos de um grande jogador, tipo Kleber.

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