Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
25 de agosto de 2011 | N° 16804
PAULO SANT’ANA
Fora, clima infernal!
Euclides da Cunha, escritor e jornalista, celebrizou-se por sua obra máxima, Os Sertões.
Na abertura de seu livro, ele escreveu: “O nordestino, antes de tudo, é um forte”.
Eu diria que o gaúcho, antes de tudo, é um triste.
Somos tristes porque nos destinaram a esse clima pusilânime de frio e chuva que nos assalta há dois meses e ameaça nunca parar.
Tenho pena das pessoas que me cercam, com esse clima. Na verdade, tenho pena de mim.
Temos sido, nesses dias amassantes, espectros de criaturas humanas, a vagar por chuvas e frios dilacerantes.
Não sorrimos, não confraternizamos, fomos privados do prazer inexcedível de sentarmos em mesas de bar na calçada, fomos condenados a não nos encontrarmos nas ruas, fomos penalizados com a sentença de nos encerrarmos em casa e nos refugiarmos dessa chuva e desse frio incessantes.
Foram mais de 45 dias de frio e chuva a nos fustigar e nos deixar encurralados. Somos um povo de capuzes, de guarda-chuvas, de sobretudos, de cuecões, de meias de lã, de luvas e de muitos cobertores. Até os que têm ar-condicionado, mesmo assim, continuam com frio. É um frio de tosses, espirros e enxaquecas.
Isso nos torna pesados, melancólicos, arrasados.
Consta que este clima de chuva e frio é bom para praticar sexo. Consta. Porque fazer sexo depois de ter sido atacado por chuva e frio o dia inteiro é um esporte quase impossível, o clima é brochante.
A umidade relativa do ar, que não sei o que vem a ser, lota as emergências dos hospitais, embora, com estes hospitais de reduzidas vagas nas emergências, possa fazer o mais severo calor de verão e elas continuarão lotadas.
Em vez de irmos para os parques de dia e aos bares pela noite, corremos todos para as farmácias. Isto é um clima para rinoceronte. Aliás, o nosso clima é capaz de gripar até rinoceronte.
Tomou Doril, a dor sumiu. Pode até sumir, mas o nariz continua entupido e a garganta é acometida de faringite, amigdalite, fora as pequenas irritações.
Maldito clima este com que a natureza e a demografia nos brindaram.
O clima é tão perverso, que a Rádio Gaúcha, não contente com a competência do Cléo Kuhn, contratou mais cinco ou seis meteorologistas. Sendo assim, é inédito, tem mais previsão de tempo na Rádio Gaúcha do que comerciais.
Até o Polêmica do Lauro Quadros tem previsão do tempo.
Neste próximo sábado, o governador Tarso Genro se encontrará com a presidente Dilma Rousseff aqui em POA.
Na pauta do encontro, estará a construção do novo teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).
A Ospa é um orgulho cultural gaúcho e necessita urgentemente de um lar onde desenvolva suas atividades.
No Ospa, no RS!
Amanhã, dia 26 de agosto, haverá uma solenidade na esquina da Avenida Ipiranga com a Salvador França, às 11h, com a inauguração, nas proximidades, da Rua Hélio Carlomagno, grande gaúcho que era orador de todas as datas, colorado doente e homem público de nomeada.
Sinto saudade do Hélio Carlomagno e do Frederico Ballvé.
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