segunda-feira, 22 de agosto de 2011



22 de agosto de 2011 | N° 16801
PAULO SANT’ANA


Rumo ao rebaixamento

A situação do Grêmio é gravíssima. Por sinal, pressenti-a antes de todos.

Quando, antecipando-me a todas as análises, declarei que era iminente o rebaixamento do Grêmio, não o fiz irresponsavelmente.

Vi que o Santos, então atrás do Grêmio, não só era melhor que o Grêmio como, pelo seu vulto, não tinha condições de ser rebaixado.

Eu só disse que o Grêmio era candidato forte ao rebaixamento porque é pior que o Atlético Paranaense. Eu só disse isso antes de todos porque o Grêmio é pior que o Atlético Mineiro. Então entendi que os dois Atléticos não vão ser rebaixados.

Rebaixados deverão ser o América Mineiro e o Avaí, mais o Grêmio e algum outro.

Será rebaixado o Grêmio pelos defeitos de sua defesa, de sua meia-cancha e de seu ataque. Principalmente do ataque, onde o defeito parece ser insanável. Não há qualquer solução de imaginatividade ofensiva, nem Renato, nem Julinho, nem Celso Roth conseguiram qualquer progresso com esse ataque parco, precário e lamentável do Grêmio.

Honestamente lhes escrevo: só tem dois times que podem talvez ser piores que o Grêmio, América Mineiro e Avaí. Os outros 17 times são melhores, indiscutivelmente, que o Grêmio.

Por isso é que me tomei desse pessimismo quanto às nossas chances.

Só não entendo o otimismo da imprensa gaúcha. Ainda ontem o colunista de esportes de ZH Diogo Olivier afirmou com todas as letras, não sei de onde ele tirou essa análise otimista, que o Grêmio não será rebaixado.

A torcida, eu não me importo que se engane, é próprio dela. Mas a imprensa se enganar e se deixar cegar pela realidade é coisa que me desaba.

Preteou o segundo olho da gateada, o primeiro anunciei 40 dias atrás que já tinha preteado.

Nunca o Internacional, de tantos títulos, conseguiu ter em suas fileiras qualquer jogador que se assemelhasse em vulto a Ronaldinho Gaúcho e Renato Portaluppi.

De tantos e tantos craques que passaram pelo Beira-Rio nas últimas décadas, nenhum conseguiu igualar-se em técnica e decisão intrínseca ao talento a Ronaldinho e Renato.

Escrevi isso aí de cima porque o horizonte ameaça que o Internacional venha a ter, agora, finalmente, um jogador à altura de Ronaldinho Gaúcho e Renato.

Refiro-me a Oscar, que fez os três gols da decisão do Mundial Sub-20, anteontem. Oscar tem tudo, chute, descortino, técnica, desenvoltura, para ser um dos maiores jogadores gaúchos de todos os tempos.

Que sorte a do Internacional por ter Oscar.

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