segunda-feira, 15 de agosto de 2011



15 de agosto de 2011 | N° 16793
PAULO SANT’ANA


Roubos e mais roubos

Os leitores desta coluna precisam saber disso porque é também obra deles: na pesquisa diária que o Call Center de Zero Hora faz, esta coluna foi primeiro lugar em leitura nas edições de sábado e domingo passados.

As colunas Um cavalo humano e 50 anos sem exercícios conquistaram a preferência dos leitores ontem e anteontem.

Eu escrevi estas duas colunas sexta-feira à noite. E já no domingo, manhã cedinho, 7h15min, eu estava participando ao vivo do programa Galpão do Nativismo, junto com o Dorotheo Fagundes e o Paixão Côrtes, além de outros tradicionalistas.

Eu liguei para o programa porque eles estavam falando sobre o Pedro Raymundo, um ícone da música regionalista no fim dos anos 40 e início dos 50, que fez parte do meu imaginário musical quando eu era guri.

Mas como posso fazer duas colunas atraentes, a do cavalo que vai chorar todos os dias na sepultura do seu ex-dono morto é um fato histórico tonitruante, como posso depois de escrever estas duas colunas ainda participar no fim da madrugada do domingo de um programa na Rádio Gaúcha?

Como posso? Onde reúno tantas forças? Que energia é esta que ainda sobra nas minhas veias, nos meus neurônios, nos meus músculos para essa ímpar movimentação?

Eu estou lendo a biografia de São Francisco de Assis escrita pelo filósofo inglês Chesterton e, por ela, fica claro que alguns homens têm parte com Deus.

Eu sou talvez alvo desses lampejos divinos. Eu não consigo dormir à noite e fico lendo – e fico pensando durante toda a madrugada, ou seja, eu fico me ligando com Deus, depois de dia saio a espalhar as luzes que hauri durante toda a noite.

No mínimo, tenho uma linha indireta com Deus. Quando se tornar direta, saiam da frente!

Minha amiga Ana Cássia Hennrich foi sequestrada sábado passado à tarde nas proximidades das Ruas Vicente da Fontoura e Veador Porto.

Dois ladrões embarcaram armados no seu carro e saíram a descontar dinheiro de seu cartão de crédito nos shoppings. Tentou fugir e foi agarrada pelos ladrões, que a soltaram 190 minutos depois.

Levaram seu carro, um Hyundai IX35, placas IRD O430, que ainda está desaparecido.

Eu a encontrei ontem, ainda aterrorizada.

Levaram também o carro da colega aqui de ZH Rosane Tremea, ela estava junto do veículo, mas não concordou em embarcar nele e os ladrões se atrapalharam e a deixaram solta na Rua José de Alencar.

Mas, graças a Deus, o Peugeot já foi localizado, ainda deu tempo dela indicar as placas de seu carro a um PM à paisana, que saiu em perseguição dos ladrões.

Sucedem-se, assim aos punhados, os sequestros com carros na cidade, só das minhas relações foram duas vítimas em seis dias.

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