quarta-feira, 10 de agosto de 2011



10 de agosto de 2011 | N° 16788
PAULO SANT’ANA


Solidão a dois

Bravos maridos os que passam a enfrentar diretamente a solidão no momento exato em que chegam em casa, às oito horas da noite.

E, para ser igual, admiráveis esposas que veem se iniciar intensamente o seu tédio às oito horas da noite, quando chegam em casa os seus maridos.

A vaidade crescente dos homens é o fator principal que leva a esta emergente onda de lesbianismo.

O paciente vai ao médico e é por ele imediatamente interrogado: “O senhor fuma?”. O paciente responde que não fuma.

O médico faz a segunda pergunta: “O senhor bebe bebidas com álcool?”. O paciente responde que não bebe.

Terceira pergunta do médico: “O senhor faz exercícios físicos?”. O paciente responde que diariamente se exercita.

O médico fica pálido e se decepciona com as três respostas. Porque daí em diante fica sem saída, não consegue, para chegar ao seu diagnóstico, culpar nem o cigarro nem a bebida nem o sedentarismo.

Não há paciente mais incômodo para o médico que o que não fuma, não bebe e se exercita diariamente.

Não ter nenhum filho ou ter cinco filhos são motivos que influem diretamente na separação dos casais.

Está provado que casais que possuem um ou dois filhos têm menos chance de se separar.

E, agora, como é que ficamos? Sempre que havia uma coisa errada no Brasil, nós dizíamos que nos EUA e na Europa não era assim, lá é que era bom viver.

Vivíamos elogiando os EUA e a Europa como nossas ideais referências.

E, agora que estão quebrando financeiramente os EUA e a Europa, o que dirá a nossa macaquice brasileira?

Poderíamos nos mirar na China, mas, se os EUA quebrarem, a China também quebra, ela é a maior credora dos norte-americanos e quase toda a sua exportação é dirigida para a América.

Acabou a macaquice.

Todo torcedor que se interessa muito por futebol não tolera os treinadores. Porque gostaria de sê-lo.

Ouvi a frase inteligentíssima no rádio e não soube identificar o autor pela voz: “Há 18 clubes no campeonato brasileiro que têm fundadas razões para se queixar das arbitragens. As duas únicas exceções são Flamengo e Corinthians, que usam árbitros próprios”.

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