sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024


02 DE FEVEREIRO DE 2024
POLÍTICA +

Candidato de consenso assume Ajuris

No mesmo dia em que Alberto Delgado Neto tomou posse no comando do Tribunal de Jutiça, o juiz de Direito Cristiano Vilhalba Flores (D), 48 anos, tomou posse como novo presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) para a gestão de 2024 a 2025. A posse ocorreu no auditório do Foro Central II de Porto Alegre.

Candidato único, Flores assume o cargo no lugar do desembargador Cláudio Martinewski (E), que retoma suas atividades no TJRS. Também foram empossados os novos integrantes dos conselhos Executivo, Deliberativo e Fiscal, além das direções da Escola da Magistratura e do Departamento de Assistência à Saúde.

No discurso de posse, Flores enfatizou a importância do trabalho das juízas e juízes para a sociedade:

- Tenho a mais profunda convicção de que a evolução do nosso país, como uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, passa também pela firme e comprometida atuação de cada magistrada e magistrado, sejam eles em início de carreira e numa pequena comunidade, sejam eles membros das Cortes superiores.

O evento também serviu de palco para o lançamento da marca da Ajuris para celebrar os 80 anos que serão completados no dia 11 de agosto.

Colaborou Jean Peixoto

O discurso de despedida da desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira foi emotivo, com várias interrupções pela emoção. O do novo presidente do TJRS, Alberto Delgado Neto, mais político-filosófico, e portanto, mais frio. Iris Helena foi mais aplaudida do que Delgado.

Nova gestão do Tribunal de Justiça será de continuidade

Com elogios ao governador Eduardo Leite, pelo nível das relações com o Judiciário, a desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira se despediu do cargo de presidente do Tribunal de Justiça.

Seu discurso foi mais longo do que o do sucessor, o desembargador Alberto Delgado Neto. Na fala dos dois, ficou claro que a gestão será de continuidade não apenas porque Delgado já integrava a administração chefiada por Iris, mas pela afinidade de ideias e de propósito da dupla.

A desembargadora usou a maior parte do tempo para destacar o que foi feito nos últimos dois anos - da digitalização total dos processos à concessão de benefícios como a conversão da licença-prêmio em dinheiro para os magistrados.

- São muitas e importantes as realizações e contribuições para um Judiciário mais eficiente e com uma percepção correta pela sociedade - discursou.

Deixando a modéstia de lado, Iris disse que sua gestão honrou todos os compromissos assumidos, com espírito inovador e austeridade. Destacou que as receitas próprias do Poder Judiciário tiveram crescimento recorde de 28% o que lhe permitiu recompor o quadro de magistrados, prover todas as vagas e desembargador e nomear mais de mil servidores.

Ainda assim, sobrou dinheiro para colaborar com o Executivo, destinando "meio bilhão de reais à saúde, à educação e ao combate à fome".

Delgado disse que se sentia honrado em presidir a instituição à qual tudo deve e que ser juiz era seu sonho de infância, porque o magistrado "vive seu dia a dia pensando no cidadão". Discorreu sobre a importância do Poder Judiciário no contexto político e social, falou de jornalismo e disse que "a crítica objetiva é essencial para a democracia".

ROSANE DE OLIVEIRA

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