14 DE FEVEREIRO DE 2024
INFORME ESPECIAL
Uma tradição centenária em Encruzilhada do Sul
Há mais de uma centena de anos, Encruzilhada do Sul, no Vale do Rio Pardo, se mantém como o último bastião, no Rio Grande do Sul, de uma tradição que não morre: o Bumba meu Boi.
O município define-se como o único a preservar o costume no Estado - se você é noveleiro(a), viu uma amostra da festa na novela Renascer, da Globo. Por aqui, a festividade se repete desde 1920 na cidade gaúcha e foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Encruzilhada em 2023.
Neste ano, a farra está marcada para o próximo sábado, a partir das 20h. Não tem nada mais popular e democrático: qualquer pessoa pode participar. O cortejo vai percorrer as principais ruas e terá o seu ápice na Praça Doutor Ozy Teixeira, no Centro, onde adultos e crianças esperam para "brincar" com o boi e dar "tchau" ao Carnaval.
O Bumba Meu Boi é uma festa do folclore popular do brasileiro, que gira em torno da lenda sobre a morte e ressurreição do animal. Nestes folguedos, são realizados cortejos e até competições entre agremiações. É bonito de ver.
Talvez você não conheça Ivan Pacheco (no detalhe), porque ele não está nos holofotes. Ele e sua equipe ficam atrás das câmeras. Editor de imagem de GZH e de Zero Hora, Ivan é o líder do nosso timaço de fotojornalistas. E é um baita fotógrafo.
Antes de assumir o cargo, há um ano, ele trabalhou para algumas das principais publicações do Brasil, morou na Europa e correu o mundo fotografando. Quando viu a série "Lugar para visitar no RS", fez questão de me procurar (com fotos belíssimas, é claro) para indicar um local especial: a Praia da Capilha (foto), no Extremo Sul.
- É um oásis de tranquilidade. Vale muito passar um dia lá, desconectado de tudo - recomenda Ivan, que esteve no local com a companheira, Mônica Garcia, natural de Pelotas.
Foi dela a ideia de ir até o vilarejo de 1,4 mil habitantes no 4º distrito do Taim, a 80 quilômetros do centro de Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e a BR-471. Ali fica a linda praia de água doce, que tem areia fina e clara e muita história para contar.
Nas ruas de terra do povoado, ainda é possível ver pescadores reformando redes. Há algumas casas, além de bares, mercadinhos e de um estacionamento para motorhome.
- Gostei muito do sossego e do banho, que é maravilhoso - ressalta o fotojornalista.
É bom levar cadeiras, guarda-sol e tudo mais, já que não se trata de um grande balneário e, portanto, não tem a mesma infraestrutura de praias mais conhecidas. No caso do Ivan, o casal levou petiscos e bebidas para passar o dia inteiro. Se você tem filhos, ele avisa que a lagoa tem água rasa por um longo trajeto, sem ondas ou repuxo.
- Vale muito ir com a família toda - reforça Ivan.
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