quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024


07 DE FEVEREIRO DE 2024
INFORME ESPECIAL

O papel de um pai

Luciano Potter (foto), um dos comunicadores de maior audiência da RBS, anda sendo criticado pelos fãs (fãs?) por ter decidido ser um bom pai e um bom marido. É dose, mas é exatamente isso.

Depois de 22 anos de casamento com a Rádio Atlântida, Potter decidiu deixar a emissora, por um motivo singelo: ele queria, apenas, poder estar em casa na hora do almoço para dividir a mesa com a família. Desejava ser um pai mais presente na vida dos filhos Santiago e Federico.

Lindo, né? Só que não: Potter, que segue na Rádio Gaúcha, passou a receber críticas de gente que classificou a escolha como "bobagem", "mimimi" ou "loucura", afinal, quem abriria mão de estar nos holofotes e de ganhar dinheiro para almoçar em casa?

Potter até gravou um vídeo, nas redes sociais, se dando ao trabalho de explicar por que fez tal opção. Citou, inclusive, uma série de pesquisas que comprovam a importância da presença paterna nas refeições (e fora delas também, é evidente).

É curioso como no mundo da "lacração", uma decisão como essa pode ser criticada. Potter deveria ser reverenciado pelo público por ter feito o que fez. Faltou empatia.

Quantas crianças nascem e crescem sem pais? Quantos homens abrem mão do direito (e dever) de educar a prole? Quantas mães assumem o comando da família sozinhas, porque foram abandonadas? Quantos pais jamais terão a chance que ele teve?

É claro que nem todos podem se dar o luxo de fazer o que Potter fez e que a presença física nem sempre é sinônimo de afeto. Isso é fato. Ainda assim, atitudes como essa deveriam ser valorizadas. Federico e Santiago têm sorte.

JULIANA BUBLITZ

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