terça-feira, 6 de fevereiro de 2024


06 DE FEVEREIRO DE 2024
INFORME ESPECIAL

O bumbum de Luísa

O Planeta Atlântida terminou, mas seguem reverberando comentários sobre... bem, o bumbum da Luísa Sonza (foto). Fiquei aqui pensando se escreveria mesmo sobre isso, porque há "polêmicas" que às vezes não vale a pena alimentar. Não resisti.

Gaúcha de Tuparendi, Luísa é um fenômeno. Você pode não gostar dela, mas é provável que sua filha ou seu filho goste. É preciso reconhecer o sucesso estrondoso desta jovem cantora, expert em performances de alto impacto nos palcos por onde passa - e acredite: ela arrasta multidões.

Luísa é um mulherão. É impossível ficar indiferente a ela. Tem um quê de Madonna: provocativa, sensual, indomável. Com esse perfil, ela conquistou seu espaço. Tem mais de 50 milhões de seguidores nas redes e uma carreira consolidada - em setembro passado, ela chegou ao top 30 global do Spotify. Em março deste ano, será a primeira brasileira homenageada no prêmio Women in Music, da Billboard. Até com o Rei Roberto cantou.

Voltando à bun... ops, ao bumbum, a história é a seguinte: no Planeta, quando apresentou parte da turnê Escândalo Íntimo, Luísa apareceu com uma calça em estilo country aberta nas nádegas. A peça deixou à mostra a calcinha preta e os glúteos da artista. Foi o que bastou para a "patrulha da moral e dos bons costumes" cair em cima.

- Absurdo!

- Ridícula!

- Canta nada!

E a crítica definitiva:

- Ela tem celulite!

Como se alguma mulher não tivesse! Aí me pergunto: um homem com o corpo à mostra sofreria tal preconceito? Seria desqualificado ou acusado de mundano? Eu não me surpreenderia se ele fosse chamado de "garanhão".

Luísa tem mais de 18 anos e é dona de si, como qualquer mulher. Desde que não cometa nenhum crime e pague seus boletos, pode fazer o que bem entender com a sua imagem.

Quanto a nós, fãs ou haters, podemos gostar ou não disso. O fato é: o corpo é dela e de mais ninguém. E que bumbum!

Ok, ok, essa dica está mais para Santa Catarina do que para Rio Grande do Sul, mas fica bem na divisa, é maravilhosa e está valendo. Quem sugere é Humberto Trezzi (no detalhe), repórter especial, um dos mais premiados jornalistas gaúchos e um dos craques do Grupo de Investigação da RBS (GDI).

Trezzi sabe muito. Por isso, e também para mostrar um "outro lado" desse grande profissional, o convidei a participar da série. E ele escolheu um destino de tirar o fôlego, literalmente: a trilha do Rio do Boi (foto), aos pés dos cânions dos Aparados da Serra (a parte de cima é gaúcha e a de baixo, catarinense).

- É espetacular. A trilha é incrível, feita com o acompanhamento de guias. É um jeito diferente de ver o nosso Itaimbezinho, e não vou mentir: é um programa exaustivo, mas vale a pena - diz Trezzi, que fez a trilha com a mulher, Angélica Boff.

É desafiador e lindo ao mesmo tempo. Leva um dia inteiro de caminhada, morro acima e morro abaixo. O jornalista conta que o acesso é pelo município de Praia Grande (SC). De lá, você vai entrando até chegar na fronteira com o RS, marcada pelos paredões monumentais. É necessário entrar cerca de 20 vezes na água, cruzando o rio de um lado para o outro.

- Em alguns pontos, é preciso ir de mãos dadas, para não cair tombos ou afundar em algum buraco oculto. Aliás, esse riacho pode rugir feito um leão e virar corredeira, caso chova muito. Todo cuidado é pouco - avisa Trezzi.

E a recompensa? É uma paisagem dos deuses.

- Você vai dar mergulhos em poços de águas límpidas e olhar para o céu desde o fundo do abismo, tendo noção de quão diminutos somos no universo. Não há preço que pague esse encantamento - destaca Trezzi.

É ou não é uma baita dica?

JULIANA BUBLITZ

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