Atenção para uma pessoa com demência
Até o século 20, uma pessoa com demência era considerada louca, perturbada, não podia viver em sociedade. Portanto, era excluída de todos, como alguém que comete um crime. A partir de 1907, graças às descobertas feitas pelo médico alemão Alois Alzheimer, o mal que afligia uma parte da população foi descoberto. As pessoas com demência pararam de ser tratadas como loucas e, ainda bem, passaram a ser tratadas como devem, são pacientes.
O mal de Alzheimer é uma degeneração cerebral que atinge a parte do cérebro que armazena memórias recentes. A pessoa com essa doença lembra da infância, adolescência e até da vida adulta. O problema mesmo são lembranças mais atuais.
O tempo de permanência do mal de Alzheimer é variável, pode durar muitos anos. Não existe cura. Por enquanto, a única forma de conter o avanço da doença é com medicação.
Apesar de todas as pesquisas, ainda não foi identificada a causa da demência. A idade é um fator fundamental. O mal de Alzheimer pode ser hereditário, aí a doença costuma se manifestar numa pessoa com 50 anos de idade. Pode ser também uma deficiência natural. Nestes casos, o paciente tem idade mais avançada.
Em qualquer um desses casos, existem fatores que aceleram a perda de memória. Na minha família, foi o trauma. Meu familiar sofreu um acidente de trânsito. Daí em diante, só piorou. Chegou a um ponto em que meu familiar não se reconheceu mais. Foi preciso tapar os espelhos da casa, pois ele acreditava que um estranho a havia invadido.
Lembre-se, uma pessoa com demência deve ser acompanhada o tempo todo. O mal de Alzheimer é progressivo, não tem volta. Por isso, a observação por quem está ao redor do paciente é fundamental. Uma pessoa com demência não consegue fazer coisas básicas sozinha, como se vestir, fazer transações bancárias e se alimentar corretamente.
Existem três estágios do mal de Alzheimer: o leve, o moderado e o grave. Se o familiar apresentar sinais de confusão mental, desconexão com a realidade, dificuldade de planejamento, significa que tem algum problema. Não titubeie. Leve seu familiar a um médico. É o profissional quem vai fazer o diagnóstico e indicar o melhor tipo de tratamento.
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