sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024


09 DE FEVEREIRO DE 2024
INFORME ESPECIAL

O descanso de Califa

Califa foi um pastor belga malinois que viveu 15 anos, sete deles prestando serviços ao Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Junto de seu parceiro e tutor, o comissário André Travassos (veja os dois na foto abaixo), o cachorro participou de mais de 500 operações policiais antidrogas, oferecendo o que tinha de melhor: o faro treinado.

Califa morreu no último domingo, encerrando uma era. Ele e a labradora Dana, que partiu em 2023, foram os precursores do Núcleo de Operações com Cães do Denarc, ajudando os agentes a combater o tráfico de drogas no Estado.

- Uma vez, chegou até nós um carro suspeito, que já tinha sido revirado do avesso, sem sucesso. O Califa farejou e deu o sinal. Estava todo mundo em dúvida, mas eu confiava nele: mandei cortar o veículo ao meio. Imagina a responsabilidade. Descobrimos sete quilos de cocaína soldados na lataria - recorda Travassos, orgulhoso.

O comissário treinou o companheiro canino desde filhote, foi a "sua dupla" durante toda a vida funcional do cão e, na hora da aposentadoria de Califa, em 2017, levou o mascote para casa. Mesmo velhinho, sempre que via a viatura, o farejador ficava em posição para entrar no carro.

- Uma vez, já com problemas de locomoção, ele parou na porta e não queria sair. Me emociono só de lembrar. Vai fazer falta. É um pedaço da minha vida que se vai - diz o agente.

Hoje, o canil do Denarc conta com seis cães, que seguem honrando a história de Dana e Califa e servindo a sociedade gaúcha.

Mandou bem

Aos 19 anos, Pedro de Oliveira Trento (foto), aluno da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, mandou bem na Taiwan International Science Fair (TISF), em Taipei. Ele ficou em 4º lugar na categoria Ciência da Computação e Engenharia da Informação.

Pedro participou do evento após vencer o Prêmio Carlos Armando Koch, na última edição da Mostratec. O aluno criou o projeto Safe Medication, sobre o uso de inteligência artificial para reconhecer erros de medicação.

JULIANA BUBLITZ

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