sábado, 17 de fevereiro de 2024


17 DE FEVEREIRO DE 2024
INFORME ESPECIAL

Vera, 80 anos de vida

Perdi as contas de quantas vezes, ao longo da minha vida porto-alegrense, ouvi a mesma pergunta, nas mais variadas situações - no caixa do supermercado, na catraca do ônibus, em entrevistas e até na farmácia da esquina: foi (e é) sempre assim, desde os tempos da faculdade. Quando menos espero, vem a interrogação:

- És parente da Vera Bublitz? Ou, então, a mesma dúvida, de um jeito diferente:

- És bailarina? - Esta sabe dançar, hein?!

Quem lê a coluna já percebeu a minha queda pelas artes em todas as suas formas: amo teatro, música, canto, esculturas, pinturas, desenhos e? sim, dança, apesar de ser uma descoordenada incorrigível. Jamais acerto o ritmo, mas danço mesmo assim, sempre que posso, feliz e descompassada, pisando nos pés dos outros. Vera que me perdoe! Já digo logo: ela não tem nada a ver com isso.

Só fui conhecê-la em junho de 2019, quando levei meus pais, no meu aniversário, para assistir a um dos tradicionais espetáculos do Festival Internacional de Dança de Porto Alegre, promovido pelo famoso Ballet Vera Bublitz, no nosso Theatro São Pedro. Vimos a fundadora da companhia no Foyer, nos apresentamos e, claro, pedimos uma foto com ela.

Depois disso, não nos vimos mais, mas sigo acompanhando o trabalho dela e da família com admiração - ah, antes que me perguntem: não, eu também não vendo quadros nem tapetes finos, só para deixar claro, ainda que seja fã da Galeria Bublitz, outro espaço muito conhecido pelos apreciadores da arte na Capital.

Nunca escrevi sobre isso, justamente por ter o mesmo sobrenome - poderia soar, para alguns, como "propaganda em causa própria". Mas não tem nada disso, e a Vera merece.

Nesta segunda-feira, ela completa 80 anos de vida em plena atividade, cheia de planos e de sonhos, com mil atividades programadas para 2024. É um exemplo a ser seguido, dentro e fora dos palcos. Não é pouco o que esta mulher construiu.

Fundado em 1979 em Porto Alegre, o Ballet Vera Bublitz é um patrimônio gaúcho. Ao longo de 45 anos (temos a mesma idade!), a companhia recebeu nomes internacionais da dança e projetou talentos para o mundo. É uma fábrica de bailarinos, uma potência que eleva o nome do Rio Grande do Sul e que prova, na prática, o valor da cultura e da economia criativa.

Vera e sua equipe têm vocação para brilhar e para fazer brilhar. Quando me perguntam se sou parente dela, digo que sim, com muito orgulho. Vai que um dia ela me ensine a dançar?

Qualquer coisa que fira a disciplina deve ser punida.

Marcelo Kanitz Damasceno

Comandante da Aeronáutica, ao defender "investigação completa" sobre militares suspeitos de participar da tentativa de golpe no país.

Cortou o cabelo?

Papa Francisco

Pontífice brincou sobre a cabeleira do presidente da Argentina, Javier Milei, ao recebê-lo no Vaticano, mesmo depois de ter sido chamado de "imbecil" pelo então candidato.

Nossa prioridade absoluta é estancar o crime em Caxias.

Sandro Caron

Secretário da Segurança Pública, sobre o salto no número de assassinatos em Caxias do Sul, que teve 29 homicídios em 45 dias de 2024.

A fala do presidente Lula equiparando as ações de Israel ao grupo terrorista Hamas são equivocadas e perigosas.

Claudio Lottenberg

Presidente da Confederação Israelita do Brasil, ao comentar a mais recente declaração do presidente da República sobre o conflito no Oriente Médio.

É frustrante. Desagradável. Todo mundo aqui vai sofrer muito com o que aconteceu.

Ramon Menezes

Técnico demitido da Seleção Pré-Olímpica de futebol, após a derrota que tirou o time dos jogos de Paris.

A União Europeia considera o regime russo o único responsável por esta trágica morte.

Charles Michel

Presidente do Conselho Europeu, sobre a morte de Alexei Navalny, opositor russo e principal adversário de Vladimir Putin, na prisão.

Críticas e elogios são uma passagem. O que resta na Quarta-Feira de Cinzas é o que somos na vida, nossa atitude, nossa voz, nossas escolhas, nossa evolução.

Paolla Oliveira

Atriz, fazendo um balanço da repercussão de sua passagem pela Sapucaí, com a surpreendente fantasia de onça-pintada.

Tanto a imagem da página ao lado quanto a obra à esquerda são de um pintor francês que ficou conhecido pelo fascínio pelo balé e por seus protagonistas. Há quem diga que Edgar Degas tenha deixado mais de 1,5 mil criações retratando bailarinas. Entre elas, está Dançarina no Palco (1877), do acervo do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Ela foi desenhada sobre um papel de 17 por 21 centímetros, com tinta guache e grafite.

INFORME ESPECIAL

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