21 de junho de 2016 | N° 18561
POLÍTICA
Servidores encerram protestos na Capital
SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS aceita interromper manifestações para garantir reunião com prefeitura
OSindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) aceitou a proposta da prefeitura e encerrou as manifestações em frente ao prédio da Secretaria de Saúde, no Centro, e da estação de transbordo de lixo, na Lomba do Pinheiro, realizadas ontem.
Os atos foram interrompidos temporariamente até a reunião entre o comando de greve e a prefeitura, marcada para as 9h30min de hoje, na Câmara de Vereadores. Uma das exigências do Executivo para a realização do encontro era de que não houvesse bloqueios nos prédios públicos.
Desde o início da manhã de ontem, manifestantes bloquearam a entrada de parte dos funcionários que trabalham na Secretaria de Saúde. Simultaneamente, um grupo de servidores bloqueou a estação de transbordo de lixo de Porto Alegre, impedindo o acesso dos caminhões de lixo que realizam o roteiro de coletas. Sem o ingresso, os caminhões não tinham onde descarregar a carga e retomar a coleta. A intenção da categoria era chamar atenção do governo para que fossem abertas as negociações.
O prefeito da Capital, José Fortunati, criticou as manifestações e reafirmou que somente negociará com a categoria se nenhum prédio público for bloqueado.
Os servidores pedem reajuste salarial, com reposição integral da inflação de 9,28%, correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), retroativo a 1º de maio. A greve foi decretada após a categoria não aceitar as propostas iniciais apresentadas pela prefeitura, o que teria prejudicado o avanço nas negociações. Uma reunião entre o município e o Simpa chegou a ser marcada para 15 de junho mas, conforme o sindicato, foi cancelada pelo governo. O secretário da Administração de Porto Alegre, Paulo Guimarães, nega o cancelamento do encontro e afirma que a prefeitura nunca se recusou a receber representantes do sindicato para negociar.
A NEGOCIAÇÃO
O QUE A CATEGORIA PEDE
-O Simpa exige que os pagamentos do reajuste salarial sejam realizados em parcelas a serem quitadas até o final do ano. Além disso, reivindica que o governo reconheça o índice de 9,44% de perdas decorrentes do reajuste parcelado da inflação, feito em 2015, e aumente o valor do vale-alimentação para R$ 25.
O QUE A PREFEITURA OFERECE
-Na primeira oferta, o parcelamento se daria com o pagamento de 2% em outubro de 2016, 3,60% em dezembro de 2016, e 3,41% em março de 2017. A segunda proposta, apresentada em 14 de junho, antecipou os prazos e percentuais, que obedeceriam ao seguinte calendário: 1% em maio de 2016, 2% em outubro de 2016, 2,60% em dezembro de 2016, e 3,39% em janeiro de 2017.
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