segunda-feira, 6 de junho de 2016


06 de junho de 2016 | N° 18548 
MARCELO CARNEIRO DA CUNHA

THE NIGHT MANAGER


Todos estão cansados de saber, ou deveriam estar, que, quando o assunto é espionagem, mistérios, pequenas e grandes traições que criam e derrubam impérios, quem manda na banda, quem cria as melhores histórias e as contam como ninguém são eles, os compatriotas de Bond, James Bond, a serviço de Sua Majestade.

Nesse exato momento, a série da qual todo mundo está falando se chama The night manager. Ela foi produzida na Inglaterra e exportada com sucesso para os Estados Unidos, que andam doidos por boas histórias de espionagem e mistério como nunca.

O que vai além do debate sobre a qualidade da história – escrita pelo maior escritor de espionagem de todos os tempos, o ex-espião John Le Carré (leiam dele O espião perfeito) – é a discussão sobre o ator que incorpora Jonathan Pine, o personagem principal. O que o mundo discute é se Tom Hiddleston deve ou não ser o próximo James Bond. Triste destino para quem já venceu o prêmio Lawrence Olivier, nada pouco nesses palcos do mundo, e que ainda perdeu tempo sendo o Loki, no chato The avengers, da Marvel.

A série navega pelas águas lamacentas do tráfico internacional de armas, tem como malvado o ótimo Hugh Laurie e como beldade a bela Olivia Colman. A gente passa seis episódios pensando em como o mal não vai vencer, porque sabemos como é o mundo real e lá fora, onde as guerras locais alimentam enormes interesses imperiais.

The night manager foi lançado agorinha, já foi vendida para 180 países no mundo e vem em ótima companhia de séries como The game, The London spy, e a escura The last panthers.

As séries britânicas se beneficiam do formato de seis episódios. Neles, a história se estende ao longo de um bom tempo, mas sem afrouxar por um segundo, por conta de mais episódios do que história. O que funciona, funciona, e esse modelo, nas mãos dos britânicos, é imbatível. Veja, e veja.

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