Carrefour começa a incorporação das lojas do Grupo BIG
Depois de concluir as primeiras conversões de lojas BIG, em São Paulo (uma das etapas da negociação que movimentou o varejo nacional e envolve R$ 7,5 bilhões em recursos para a fusão), o Carrefour deu largada para o início da incorporação dos pontos de venda da rede adquirida em território gaúcho.
Somando 150 mil funcionários (com cerca de 10%, ou 14,6 mil colaboradores, no RS), a varejista francesa é, agora, a maior empregadora do setor privado no Brasil e conta, para isso, com um ponto estratégico, já existente no Estado, para centralizar o processamento de toda a folha de pagamento no país e servir de retaguarda nas operações administrativas.
Trata-se do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), criado pelo BIG, na Avenida Sertório, em Porto Alegre. A estrutura possui, atualmente, 400 funcionários e deverá ser ampliada pela nova gestão do Carrefour para contemplar todas as operações de backoffice (retaguarda).
Em Porto Alegre, para um evento de lideranças, realizado ontem, o CEO do Carrefour no Brasil, Stéphane Maquaire, considerou o CSC um "presente" do BIG. A ideia, explica Maquaire, é que o espaço funcione de maneira estratégica para atingir parte das "sinergias necessárias" no processo de integração com o BIG. Por isso, já nos próximos meses, o objetivo é fortalecer a central, inclusive com contratações.
Além de aumentar a sua relevância administrativa no Carrefour, o Rio Grande do Sul passará a contar, até 2023, com 118 unidades com alguma das bandeiras do grupo, além de 14,6 mil funcionários, de imediato. Antes da fusão, eram apenas 19, com 4,8 mil colaboradores gaúchos.
Isso porque, até 2023 - de acordo com os prazos definidos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avalizar a aquisição - as atuais 13 unidades do Atacadão e as seis do Carrefour Hiper serão acrescidas de: 45 lojas do Nacional, 23 do BIG Hipermercados, duas do Sam?s Club, 13 do Maxxi Atacado, 13 do Todo Dia e outras três operações em postos de gasolina, drogarias, supply, transporte e centro de distribuição.
Segundo Maquaire, em Porto Alegre, os dois Hipermercados BIG serão convertidos em Atacadão, assim como o que ocorrerá com a bandeira Maxxi. Os demais hipermercados funcionarão como Carrefour. As marcas Nacional e Sam?s Club serão mantidas.
Empregos
Alguns modelos, antecipa ele, implicam no aumento do quadro de funcionários. É o caso dos Atacadões. Sem projetar quantas vagas poderão ser abertas por aqui, o CEO do Carrefour comenta que, antes, é necessário entender bem os novos formatos que chegam na esteira de incorporação do BIG, bem como o maior apelo aos produtos regionais, presente em bandeiras como o Nacional.
- São adequações, em andamento, para depois otimizá-las, mas, já na integração haverá necessidade de contratações - afirma.
Para se ter uma ideia do potencial para a geração de empregos, em São Paulo, durante o processo de conversão das bandeiras Maxxi para Atacadão, a média de incremento em postos de trabalho ficou em 10%.
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