segunda-feira, 26 de setembro de 2022


26 DE SETEMBRO DE 2022
ACERTO DE CONTAS

Atacarejos mudam de mãos

Três das quatro lojas vendidas pelo Carrefour ao Asun são da bandeira Maxxi e ficam em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, e em Viamão e Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Elas ficarão abertas até o dia 22 de outubro, quando passarão pela transformação. O Asun entrou, recentemente, no mercado de atacarejos com a marca Leve Mais.

A quarta unidade ainda não é confirmada pelas empresas, pois estão comunicando os funcionários, mas fica na Região Metropolitana. À coluna, o Carrefour disse que há a possibilidade de os empregados serem transferidos a outras unidades que a companhia francesa comprou do Grupo Big. Afinal, são 387 estabelecimentos, incluindo os supermercados Nacional e os hipermercados BIG. Além disso, o Asun, no momento em que comprou lojas do Nacional há alguns anos, quando ainda eram da norte-americana Walmart, fez um processo de recontratação de muitos dos trabalhadores.

As quatro lojas fazem parte das 14 que o Carrefour precisou vender para que fosse aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a compra do Grupo Big. A negociação de R$ 7,5 bilhões foi aprovada em maio, após uma análise que demorou mais de um ano. Só na Região Sul, a negociação envolveu 133 mercados. Com isso, o Carrefour se tornou o maior empregador privado do Brasil. O valor da venda das lojas ao Asun não está sendo divulgado por enquanto, mas deve ser revelado no balanço trimestral, já que o Carrefour tem capital aberto, com ações negociadas em bolsa.

Enquanto isso, segue a transformação das lojas. O Carrefour já está reformando os hipermercados BIG em Bagé e no bairro Vila Nova, em Porto Alegre. As unidades serão da marca Atacadão. Outras passarão pelo processo em breve, mas ainda não há um cronograma.

A recente redução de preços se deve, principalmente, ao corte do ICMS por lei federal para combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. O impacto na arrecadação faz os Estados questionarem a norma no Supremo Tribunal Federal (STF). Se eleito, buscará a elevação das alíquotas ou as manterá reduzidas? Essa será a principal pergunta da coluna na série de entrevistas do Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, com os candidatos ao governo gaúcho. O sétimo ouvido foi Eduardo Leite (PSDB):

Trabalharei para que se mantenham reduzidas, mas haverá necessidade de compensação por parte do governo federal. Se é a decisão nacional manter a base reduzida e se nós queremos manter, precisamos ter a capacidade de sustentar essa redução. Essa capacidade vai depender do que o governo federal aportar de recursos para os Estados e municípios, que também estão sofrendo. O STF (Supremo Tribunal Federal) tomou uma decisão importante referente à educação infantil, que obriga municípios a prestarem o serviço. Do outro lado, o Congresso tira dinheiro dos municípios. A conta não fecha. Mais encargos, menos recursos. Queremos redução de impostos, praticamos isso no nosso governo, mas eles têm que ser suficientes para sustentar o serviço que somos demandados."

GIANE GUERRA

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