31 DE MAIO DE 2024
INFORME ESPECIAL
Correndo pelo RS Vem aí
O jornalista Ticiano Osório, colunista de filmes e séries do Grupo RBS, vai lançar seu segundo livro. Depois de O Morcego e a Luz: 80 Anos de Batman no Cinema (editora BesouroBox, 2023), agora ele reunirá textos sobre 50 longas-metragens que despertaram uma paixão fulminante ou conquistaram aos pouquinhos. "Às vezes, a gente precisa de uma distância para enxergar melhor, de um tempo para sentir saudade", explica Ticiano na introdução da obra, que será publicada pela Arquipélago Editorial.
O autor prefere, por enquanto, manter em segredo o título, mas revela alguns destinos visitados nesse passeio cinematográfico: vai do Senegal ao México, da Dinamarca à Colômbia, do sertão de Pernambuco a uma ilha deserta na França, da antiga Hollywood à reconstruída Hiroshima.
Depois de reunir cerca de 7 mil corredores (incluindo atletas de elite) na Capital, em abril deste ano (foto), a maratona New Balance 42K Porto Alegre está com inscrições abertas para 2025, com uma novidade: parte da arrecadação será destinada a ajudar o Rio Grande do Sul.
A ação Correndo pelo RS beneficiará o Instituto Moinhos Social, ligado ao Hospital Moinhos de Vento, com R$ 30 por pessoa inscrita. A entidade tem projetos nas áreas de educação, saúde, assistência social, meio ambiente, cultura e esporte. Os participantes também poderão fazer contribuições para a instituição no site oficial da corrida. Para aderir, basta acessar newbalance.com.br/corrida-nb-42k-poa.
Música nos abrigos
O professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS Antônio Domingues Benetti, doutor em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Cornell (EUA), alerta que, passado o período agudo da crise causada pelas enchentes no RS, as companhias de saneamento terão de revisar seus planejamentos para evitar novos episódios de desabastecimento de água potável. Uma recomendação é a elaboração de Planos de Segurança da Água (PSAs).
Como as companhias podem se preparar melhor?
Devem fazer uma avaliação crítica de seus sistemas de abastecimento de água para antecipar problemas e prever soluções imediatas. Se uma estação de recalque inunda, já existem bombas alternativas para substituí-la imediatamente? Se uma estação de tratamento de água para, que manobras na rede de distribuição podem ser feitas para não ser interrompido o abastecimento em áreas das cidades?
E em relação à Capital?
A principal causa foi o colapso do sistema de proteção contra cheias, com manutenção relapsa. Desencadeou dificuldades em série no abastecimento. Por vários dias, o tratamento foi interrompido por inundações nas estações de recalque. A água teve contato com esgotos cloacais, produtos químicos, combustíveis e resíduos sólidos. A turbidez, pela erosão do solo, ficou altíssima e dificultou o tratamento. A intermitência no abastecimento favorece a ressuspensão de materiais sedimentados na rede de distribuição e reservatórios.
Na Capital, falta de energia é recorrente. Como resolver?
O fornecimento de luz para as estações de tratamento é responsabilidade da companhia de energia, que tem falhado. Mas as empresas de saneamento devem prever esses casos e ter alternativas. É difícil especificar soluções sem estudar com profundidade os sistemas, mas algo possível seria a adoção de geradores móveis ou manobras de operação das redes de distribuição.
O que são os Planos de Segurança da Água (PSAs)?
São instrumentos desenvolvidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para assegurar o abastecimento de água potável e a proteção da saúde das comunidades. É um procedimento proativo de avaliação e manejo de riscos que contempla do manancial à torneira do consumidor. Ajudam as empresas de saneamento a aumentarem a resiliência de seus sistemas, antecipando problemas, propondo respostas efetivas e auxiliando na fase de recuperação dos eventos. Devem considerar as incertezas associadas a um clima que está mudando. A OMS recomenda que todos os sistemas de abastecimento de água potável, grandes ou pequenos, façam PSA. Seus benefícios incluem uma melhor qualidade da água, a diminuição de episódios de desabastecimento e a redução de custos.
Onde há bons exemplos?
São adotados em vários países, desenvolvidos ou não. No Uruguai, a empresa responsável, Obras Sanitarias del Estado (OSE), implantou planos em todos os seus 60 sistemas de abastecimento de água. Ajudou o país a enfrentar, não sem dificuldades, a maior estiagem de sua história, em 2023. Um PSA é confiável porque envolve o conhecimento profundo dos sistemas de abastecimento, identifica e prioriza riscos, planeja e implanta melhorias, monitora, fortalece instrumentos de gestão e faz revisões periódicas para comprovar a eficiência. É elaborado por equipe multidisciplinar, com profissionais de projetos, saúde pública, gestão, operação, monitoramento e grupos de interesse, com o comprometimento dos gestores das companhias.
O Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) está levando música - e um pouco de leveza - a abrigos instalados na Capital (foto). A iniciativa faz parte da Rede de Ações Culturais de Emergência, criada pela Secretaria de Estado da Cultura para acolher e confortar quem perdeu tudo na enchente.
A primeira mobilização ocorreu na terça-feira, em um abrigo do bairro Rio Branco.Com repertório diversificado, o quarteto interpretou músicas populares, canções gaúchas e até cantigas infantis - tudo pensado sob medida pelos artistas, os violinistas Paulo Barcelos e Geraldo Moori, o violista Delmar Breunig e o violoncelista Deolindo de Azambuja.
- Foi muito bonito. Vamos seguir contribuindo para tentar reduzir um pouco do sofrimento de quem está longe de casa - diz o presidente da Fundação Ospa, Gilberto Schwartsmann.
Além da música, a iniciativa da rede envolve equipes do programa educativo do Museu de Arte Contemporânea do RS, da Biblioteca Pública do Estado, do Centro de Desenvolvimento da Expressão e do Sistema Estadual do Livro.
- Contribuir para que essas pessoas tenham um momento de pausa no sofrimento emocional nos conforta também - destaca a secretária da Cultura, Beatriz Araujo.
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