Precisamos falar mais
Sobre poluição. Sobre responsabilidade nossa e dos governos. Sobre meio ambiente. Sobre a natureza. Sobre leis ambientais. Sobre desmatamento. Sobre lixo. Sobre como fazemos o descarte. Sobre efeito estufa. Sobre dióxido de carbono. Sobre esgoto. Sobre drenagem. Sobre encanamento. Sobre mudança climática. Sobre reconstrução. Sobre energia. Sobre alternativas. Sobre bioma. Sobre vidas. Sobre plano de contingência. Sobre prioridades.
Sobre o muro da Mauá. Sobre medidas preventivas. Sobre a forma como gastamos nosso dinheiro. Sobre casas construídas em locais ameaçados. Sobre infraestrutura em transporte. Sobre fornecimento de água. Sobre serviços públicos em geral. Sobre casas de bombas. Sobre morar à beira de rios e açudes. Sobre morar no térreo de prédios. Sobre garagens subterrâneas. Sobre riscos. Sobre comunicação pública. Sobre esclarecimento. Sobre transparência. Sobre capacidade. Sobre competência. Sobre reação. Sobre drenagem. Sobre desmatamento.
Sobre dragagem. Sobre assoreamento. Sobre adaptação. Sobre cheias. Sobre rios. Sobre o Arroio Dilúvio. Sobre alertas. Sobre líderes. Sobre ciência. Sobre leptospirose. Sobre previsão do tempo. Sobre escoamento. Sobre saúde. Sobre culpados. Sobre diques de contenção.
Algumas pessoas já discutem esses temas. Mas todos nós, sem exceção, precisamos incluí-los no nosso roteiro diário e discuti-los à exaustão. Quem ainda não fez isso, precisa começar do zero e parar de jogar a culpa no próximo. E devemos entender que todos temos que saber lidar com isso. O dedo da culpa está apontado para todos nós. O Rio Grande do Sul vive um momento crítico, e passou da hora de falarmos sobre tudo isso para depois ninguém se eximir de culpa.
Quanto mais aberto for o debate, melhor. É preciso parar com a polarização e com partidarização, como se tudo fosse um jogo de interesses mirando a próxima eleição. Estamos todos saturados com isso. Agora ninguém se acha culpado e todo mundo tem a fórmula pronta. Mas, se existia caminho, por que não se fez? Por que alertar só agora? É cômodo julgar depois da tragédia! Por isso e muito mais, precisamos falar de tudo. E com muita seriedade, pois a enchente de 2024 pode se repetir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário