19 DE OUTUBRO DE 2017
ARTIGOS
EM BUSCA DE UM NOVO TEMPO
O índice Firjan, criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, avalia a responsabilidade fiscal e administrativa da gestão pública dos municípios. Ele é dividido em quatro conceitos, que vão de A (máximo) a D (mínimo), para indicadores de receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. Em 2016, o índice classificou Porto Alegre na 635ª posição nacional, na 106ª posição estadual e na 14ª posição entre as capitais, colocando a gestão pública no pior cenário.
Porto Alegre vem apresentando desde 2006 o conceito A para as receitas próprias, o que não tem sido suficiente para financiar investimentos. Em 2016, os investimentos alcançaram o conceito D, uma das piores notas do período, superando os anos de 2008 e 2015. Além disso, os índices de gastos com pessoal e de liquidez do município apresentaram conceito C, demonstrando a necessidade de um acompanhamento gerencial mais rigoroso.
O índice de liquidez verifica se as prefeituras estão deixando em caixa recursos suficientes para honrar suas obrigações de curto prazo. O problema de liquidez ficou evidenciado no ano de 2016 pelo atraso a fornecedores e pela antecipação do IPTU para o pagamento do 13º salário, contribuindo para o atraso dos salários dos servidores municipais neste ano.
Na busca por um novo tempo para Porto Alegre, com base na retomada dos investimentos e na prestação de serviços de qualidade aos cidadãos, a equipe econômica da Capital está trabalhando com responsabilidade e transparência para o ajuste das finanças, em substituição aos entraves ideológicos, que obstruem o desenvolvimento do município e impossibilitam o ajuste necessário da máquina pública municipal.
Economista assistente na Secretaria Municipal da Fazenda e professor da Universidade La Salle
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